Os auxílios financeiros pagos pela mineradora Vale aos atingidos pelo rompimento da barragem de Brumadinho (MG) estão comprometidos. O acordo que estabeleceu o repasse tem a duração de um ano, ele se encerra dia 25 de janeiro de 2020, não há qualquer definição sobre a continuidade dos repasses e as vítimas convivem com a incerteza.
O dinheiro pago às vítimas é irrisório frente a destruição e as mortes causadas. Ao todo foram 200 mortos e 93 desaparecidos, além da destruição de inúmeras casas e da destruição ambiental, um verdadeiro massacre. Os valores pagos pela empresa correspondem a um salário mínimo por adulto, metade para os adolescentes e um quarto para as crianças.
Responsável pelo pagamento das indenizações está a Fundação Renova, a mesma que administra os pagamentos para as vítimas de Mariana. Trata-se de uma Fundação de fachada, controlada pelos donos da empresa. Ou seja, são os próprios capitalistas criminosos, responsáveis pelas mortes e pelo desastre, que determinam quem deve ou não receber os repasses.
O cancelamento dos pagamentos é mais uma ação criminosa dos donos da empresa. É preciso mobilizar a população pela continuidade dos repasses para todas vítimas, além da luta pela estatização da empresa sob controle dos trabalhadores.