Recentemente, o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro declara que se mantido o “auxílio emergencial” de 600 reais o país irá quebrar. Ao mesmo tempo critica os governadores como sendo os responsáveis pela quebra de seus estados e agora estão pedindo que o auxílio emergencial seja ampliado. Bolsonaro alega que esse auxílio custa 52 bilhões de reais aos cofres públicos.
E enquanto a imprensa golpista pressiona o presidente para manter a renda miséria (auxílio emergencial), tentando evitar uma esperada revolta popular por causa da fome, miséria, pandemia e o enorme desemprego, o presidente ilegítimo faz claramente campanha para acabar com essa esmola aos pobres.
Lembrando que essa esmola na prática só recebeu uma pequena parcela da população, que teve que vencer as barreiras de falta de dinheiro para ter acesso a internet, vários problemas no cadastramento para recebimento, recusas de pagamento com desculpas esfarrapadas, como por exemplo a situação em que foi negado o benefício a uma mulher por estar cadastrada como presidente do país.
Milhões de pobres não conseguiram receber, mas milhares de militares receberam como anunciado pela imprensa. Até mesmo a filha do ministro interino da saúde Eduardo Pazuello estava incluída no cadastro da Caixa, Dataprev, e Portal da Transparência.
Essa atitude do presidente parece ter dois benefícios para a direita raivosa, por um lado economiza 52 bilhões para o estado poder repassar aos bancos e empresas. E por outro, e mais importante, mascara que esse governo não faz nenhuma cerimônia em dar mais de 1 trilhão aos bancos e empresas de uma só vez, e até agora não alegou que poderia quebrar o estado.
Enquanto trilhões de reais são repassados para salvar a economia sem alegação de quebrar o estado. Ele nega 600 reais ao povo que já está morrendo como moscas pelo vírus, faminto, sem emprego, sem moradia. Ainda não contam com o mínimo serviço de saúde para se recuperar da infecção e de outras doenças.
Alegar que o estado não tem dinheiro para o auxilio emergencial para os pobres, joga uma cortina de fumaça nos olhos da população para que esqueçam dos rios de dinheiro que destinaram e continuam destinando aos bancos e empresas.
Tudo isso faz parte da lógica perversa do capitalismo, que tem como objetivo destinar todos os recursos ao capital, que já é bastante rico, e apenas o mínimo possível aos trabalhadores. Apenas o suficiente para que se mantenham vivos e continuem a gerar mais riquezas para os capitalistas.