O ministro da Economia do governo golpista de Bolsonaro, Paulo Guedes, ao lado do novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), informou que a retomada do auxílio emergencial vai ser pela metade e abrangerá apenas a camada mais vulnerável.
O senador fala em valor em torno de R$300,00 e o ministro em R$ 200,00. A previsão que fazem é em torno de R$ 32 milhões destinados ao programa, sob condição de situação fiscal dentro do limite do orçamento, conforme a imprensa burguesa.
Diante da emenda do teto dos gastos, que vai até 2026, Mansueto Almeida – economista chefe do banco BTG Pactual e ex- secretário do Tesouro no governo golpista de Temer – disse numa entrevista ao jornal golpista Estadão, que no ano de 2021 o governo precisará manter os níveis das despesas discricionárias próximas do valor de 2009, o mais baixo.
Essas despesas devem ficar abaixo dos R$80 bilhões em 2021, comparada com o 1º ano do governo Bolsonaro, 2019, que foi de R$106 bilhões. Os investimentos públicos deverão cair para 0,4% do PIB, ou seja, para R$34 bilhões.
Ele avalia que se houver necessidade de novo auxílio emergencial, o mercado não irá se assustar, desde que fique entre R$20 e R$30 bilhões e “venha acompanhado de reformas estruturais melhorando o aspecto fiscal nos próximos anos”.
Crê que o pior ano será o de 2021, pensando nas próximas eleições presidenciais, por causa da necessidade de gastos do governo. Ele acha que o governo irá evitar um fechamento total pela pandemia e que guardará fôlego para os gastos em 2022, que será um ano eleitoral. Com isso, prevê que seja o ano de maior gasto do governo Bolsonaro, chegando a R$60 bilhões.
Em ambas notícias fica claro que a verdadeira intenção dos golpistas é dificultar ao máximo a retomada do auxílio e, em último caso, que seja concedido pelo menor valor possível. Os miseráveis e vítimas da crise econômica e da pandemia, a população trabalhadora e produtora de riquezas, que se virem e morram, eles não se importam. Querem apenas salvar as empresas e seus proprietários, os capitalistas.
Quando demonstram sensibilidade, não é pelo povo, é pelo medo da convulsão social que está batendo à porta e pronta para se espalhar pelo país e pelo mundo. É só isso o que eles temem e é precisamente para este cenário que o país caminha, dado a elevação gigantesca do desemprego e da carestia.