Da redação – Em apenas dez meses, antes do término do ano, o Rio de Janeiro já bateu o recorde de pessoas assassinadas pela polícia em suposto “confronto”: 1.546 mortos entre janeiro e outubro. São doze cidadãos a mais na conta da polícia em relação a 2018, quando houve 1.534 vítimas fatais das forças de repressão estaduais.
O mês com o maior número de mortes causadas pela polícia em “confronto” com supostos criminosos foi julho, quando 194 cidadãos morreram nas mãos da polícia.
Eis que o governador ilegítimo e fascista Wilson Witzel concretiza, assim, parte do seu desejo de transformou o estado em um gigantesco campo de extermínio da população pobre. Pouco antes de ser “eleito” de forma surpreendente, o desconhecido candidato havia declarado que, em seu mandato, a polícia poderia fazer uso de atiradores de elite que atirassem na “cabecinha” de supostos criminosos.
Desde então, crianças, mulheres, idosos, trabalhadores, jovens e negros têm sido massacrados pelas forças de repressão policial fluminenses. O Rio de Janeiro mais parece uma região da Alemanha nazista, onde todos os setores historicamente oprimidos estão sendo esmagados pelo Estado cada vez mais controlado pelos fascistas como o próprio Witzel.
É preciso dar um basta aos crimes da polícia. Para isso, somente com a extinção desse corpo estatal e sua substituição por milícias populares, para que o povo tome o controle da segurança pública, que no Estado burguês serve apenas como justificativa para reprimir os pobres. Antes disso, logicamente será preciso travar uma luta democrática radical, na qual os trabalhadores e pobres devem se defender as arbitrariedades do Estado organizando comitês de autodefesa e lutando por seu direito ao armamento. Pela extinção da polícia e de todos os órgãos repressivos do Estado! Pelo direito ao armamento e a construção de comitês de autodefesa que se transformem em milícias populares! Fora Witzel!