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Nem cesta, nem salário!

Aumento na cesta básica é seis vezes maior que reajuste do mínimo

DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.304,90,

O DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – tornou público sua pesquisa que avalia como ficou a Cesta Básica do brasileiro, indicou que os preços de alimentos da cesta básica das refeições de uma pessoa adulta aumentou em 2021.

Os itens mais caros na hora de fazer as compras, ainda conforme os levantamentos do Dieese, estão sendo o arroz, o óleo de soja, a carne, o tomate e a batata. Em todas as capitais, eles apresentaram uma alta significativa.

Foi em Curitiba (PR) onde menos subiram os preços, e mesmo assim chegou a 17,76%. Mas o mesmo não aconteceu em Salvador, onde, diferente de Curitiba, quase que dobrou o custo no  comparado com os seus 17,76%, indo a 32,89%, seguido essa alta também em Aracaju, 28,75%. 

No fim do ano, já foi possível observar os aumentos nos demais estados. Considerando os meses de novembro para dezembro de 2020, a cesta teve o maior aumento do custo em nove cidades e menor em oito, destacando-se as seguintes: João Pessoa (4,47%), Brasília (3,35%) e Belém (2,96%); sendo os menores aumentos registrados em Campo Grande (2,14%) e Salvador (1,85%).

A cesta em São Paulo alcançou o valor de R $631,46, 0,36% a mais na comparação com novembro. Acumulado no ano, o valor dos alimentos ficou em 24,67% pontos percentuais, e muito além do que foi o aumento do salário mínimo, que sequer cobriu a correção da inflação.

Com base na cesta mais cara que, em dezembro, foi a de São Paulo, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.304,90, o que corresponde a 5,08 vezes o mínimo vigente em 2020 no valor de R$ 1.045,00, ou 4,82 vezes o mínimo vigente em 2021 no valor de R$1.100,00, como ficou o atual. O cálculo é feito levando-se em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

É bom destacar que, tanto a pesquisa da cesta básica, quanto do salário mínimo, como os próprios nomes já revelam, tratam do que é básico e essencial, ou seja, não existe aí conta de nenhuma extravagância com supérfluos ou coisa que o valha. É na ponta do lápis o custo do necessário para a sobrevivência, tanto do que se põe na mesa, quanto ao mais, como aluguel, transporte,educação, medicação e saúde, laser, vestimenta, e etc. E, visto desta forma, o salário mínimo atual de R$1100,00, só com o custo da cesta básica, seria consumido em 57,40%, ou pouco mais da metade de seu valor.

O custo da cesta básica,  ou o valor do salário mínimo, deixa claro que a classe trabalhadora, não só não ganha o que precisa para viver dignamente, como também sua vida piorou depois do golpe de 16, recrudescendo ainda mais as condições de vida com a chegada de Bolsonaro ao poder. Ela constata isso no dia a dia, quando vai notando a carestia, e o aumento das dificuldades chegando. Dificuldades que não deixam de ser notadas e não têm como passarem em branco com esse governo golpista, que, na condição de agressor impiedoso, não para de desferir golpes contra o povo, sendo, por isso mesmo, duramente castigado. Além de tudo isso, o trabalhador ainda é sacrificado com a perda de direitos, como foi o que aconteceu com a reforma trabalhista, reforma previdenciária, as privatizações em curso com suas demissões, cujo esforço faz com que  a crise caia pesadamente sobre os ombros do brasileiro, e arque ele com o ônus dela nas suas costas.

Mas o pior saldo do governo golpista foi a política genocida diante da pandemia, e que fez com que ficasse ainda pior o cenário nacional, carreando 200 mil mortes pela COVID-19.

Um dito popular busca esperança no imaginário e afirma que Deus é brasileiro, como quem diz que nunca haverá mal algum que derrube o brasileiro, porque Deus tem um carinho especial com o Brasil. Mas, no final das contas, quando a realidade crua e nua é que conta, a única coisa que basta para suportar tanta desgraça é a solidariedade e a força que nasce com a união de toda a classe trabalhadora. É dela que se tira, numa manifestação conjunta de todas as categorias, não só a esperança, mas também a certeza de que tudo pode e vai mudar, através da luta organizada contra os golpistas e seu regime de fome.

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