Com o aprofundamento da política golpista contra o povo, ou seja, o desemprego, a miséria, a destruição dos direitos básicos, as classes mais pobres são levadas a adotar medidas mais extremas para manter sua sobrevivência. Um exemplo disso é o aumento das ocupações de prédios abandonados por conta da especulação imobiliária.
Em Porto Alegre (RS), nesta última quarta-feira, 11, cerca de 14 pessoas foram expulsas pela Polícia Militar e pela Guarda Civil da cidade de uma ocupação de um antigo casarão localizado em um dos bairros da cidade. A Ocupação Baronesa foi reprimida pelas forças de repressão do Estado, após quatro meses de ocupação de um espaço que estava abandonado há mais de dez anos.
É preciso ter claro que as ocupações ocorrem por conta das necessidades da população pobre, a qual diante da falta de uma estrutura mínima para sua sobrevivência, moradia, saúde, educação, etc., é levada à tomar medidas como estas, legítimas, uma vez que o Estado não intervém para atender os interesses dos mais pobres.
Pelo contrário, o Estado, hoje dominado pela direita golpista, serve aos interesses empresariais, dos especuladores imobiliários, e trata a população pobre por meio da força, da polícia, da violência.
A tendência é que com a continuidade do golpe de Estado esta situação piore cada vez mais. O aumento do desemprego e do número de pessoas em situação de extrema pobreza irá agravar esse quadro.
Somente a mobilização das massas, do povo pobre e oprimido contra todos os golpistas pode reverter esta situação.