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Genocídio

Aumento das mortes e dos casos: algo que poderia ter sido evitado

A situação que os trabalhadores hoje vivem, com a cifra de quase mil mortos por dia, de desemprego, fome e miséria, é uma política deliberada e consciente da burguesia

O Brasil enfrenta agora uma chamada “segunda onda” do COVID-19, um aumento drástico dos números de infectados e mortos pelo coronavírus no País (levando em conta os dados oficiais, sempre manipulados), que está chegando novamente aos quase mil mortos por dia depois que, misteriosamente, o vírus havia praticamente “desaparecido” de uma forma fraudulenta.

O fato é que essa “segunda onda”, mesmo sendo uma consequência do que está sendo feito até aqui, sem diminuição real para ter uma “pausa” na pandemia no País, poderia muito bem ser evitada se a burguesia o quisesse. E seria uma operação relativamente fácil de se fazer. O genocídio que a população trabalhadora sofre no País, com mais de 7 milhões de infectados e quase 190 mil mortos, sem contar os inúmeros mutilados, desempregados, miseráveis pelas consequências da pandemia, não é nada mais que o resultado de uma política deliberada da burguesia.

O principal fator disso é que os trabalhadores foram obrigados a manter sua rotina de trabalho, indo trabalhar todos os dias, em postos de trabalho aglomerados, fazendo com que os transportes lotassem o transporte público e também enchendo as fábricas e locais de trabalho. Basta lembrar que a política farsesca do “Fique em casa” não passou de uma fachada. As fábricas, por exemplo, nunca fecharam durante a pandemia, isto é, não houve isolamento de fato. A política da direita no transporte público foi de diminuir os números de linhas para os operários, para diminuir a crise das grandes máfias do transporte coletivo privatizado, coisa que sempre foi um absurdo e aumentou drasticamente o número de casos de coronavírus entre os trabalhadores. Em muitos locais de trabalho nunca houve máscaras sem fornecidas pelos patrões, distanciamento social, álcool. Muito pelo contrário. Basta ver a situação lastimável que vivem, até hoje, os trabalhadores dos frigoríficos. Fábricas que fecham somente porque todos os seus trabalhadores estão quase morrendo, improdutivos do ponto de vista da burguesia.

Bastaria ter realizado um plano que consistisse em redução da jornada de trabalho (sem redução salarial), para evitar que houvesse aglomerações nos transportes nos horários de pico (aumentando também a frota de transporte), o avesso do que foi feito. Além disso, o Estado deveria ter obrigado as empresas a manterem parte dos seus trabalhadores em casa pagando seus salários normalmente, deveria ter tido um plano de proibição de demissões, de proibição de corte de luz e água, de proibição de despejo, a libertação de todos os presos não perigosos, mas não houve nada disso – coisas que governos de outros países fizeram, como os de Venezuela e Cuba, por exemplo. As tão proclamadas “ditaduras” pelos jornais golpistas, que são países extremamente oprimidos e que sofrem bloqueios, deram mais assistência e dignidade aos seus povos do que as burguesias ditas “democráticas”.

Após quase um ano de início da pandemia, a burguesia também não fez nenhuma obra de infraestrutura para ampliar e melhorar o sistema de saúde, não construiu hospitais, UTIs, não aumentou o número de leitos, não distribuiu EPIs, não fez testes. Lavou suas mãos do banho de sangue que promoveu ao destruir a saúde pública durante e antes da pandemia.

Em resumo: a situação atual poderia ter sido evitada e o vírus poderia até mesmo estar sob algum controle, mas a burguesia, para manter minimamente as taxas de lucro dos capitalistas, não fez absolutamente nada, ficou empurrando com a barriga e jogando os trabalhadores à morte para darem lucros a eles.

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