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Aumento da crise: bolsas caem e recessão ameaça todos os países

O início da semana para o mercado financeiro não poderia ser de pior presságio. Uma conjunção de fatores derrubou as bolsas por todo o mundo, mas já é quase um consenso entre os analistas de mercado que o problema vai muito além de uma simples crise conjuntural, mas na retomada da crise de 2008 – que, de fato, nunca foi superada – em um patamar muito mais explosivo, diante da incapacidade dos bancos centrais da maiores economias do mundo em reproduzir nem mesmo os parâmetros da intervenção feita 10 anos atrás, quem dirá diante de uma crise de muito maior envergadura.

A grande crise de 2008 foi, na realidade, uma crise de grandes proporções de superprodução, assim como a crise de 1929. Foi resultado da contradição entre o alto desenvolvimento das forças produtivas e a incapacidade de absorção pela população da riqueza produzida. Com isso, a fim de evitar o aumento da produção, os recursos são aplicados pelos bancos na especulação financeira. Dinheiro se transforma em mais dinheiro sem ter uma contrapartida no crescimento da economia real. Essa foi a bolha especulativa que estourou em 2008 e que não foi superada.

Desde pelo menos a última década do século passado, os empréstimos imobiliários por parte dos bancos dos EUA e do norte da Europa com juros baixos inundaram os mercados do mundo com títulos lastreados nas garantias hipotecárias dos imóveis. A inadimplência dos compradores de imóveis serviu como um simples alfinete que botou abaixo toda a bolha de crescimento especulativo que impulsionava o crescimento artificial da economia global, em particular dos países imperialistas. Estima-se que a injeção dos bancos centrais das economias imperialistas foi da ordem de 15 trilhões de dólares – maior que o PIB da China –  para impedir o desmoronamento da economia capitalista no mundo, para  compra de títulos de governos e empresas e para o estímulo monetário, nessa que já é considerada a maior crise desde 1929.

O problema é que desde o início do ano, os indicadores econômicos apontam para o recrudescimento da crise tendo como mesmas causas os fatores que fizeram a bolha explodir em 2008, só que agora, em um nível muito mais elevado. A falta de um equilíbrio entre o crescimento real da economia e a especulação se acentuou nos últimos 10 anos. Na realidade, a saída para a crise de 2008 foi a de acentuar a mesma política. Com o dinheiro “barato”, as dívidas somadas de governos, empresas e famílias atingiram globalmente a astronômicas cifra de 250 trilhões de dólares, um valor três vezes superior ao PIB mundial.

Como desdobramento da evolução da crise mundial, a política do salve-se quem puder parece ser a jogada da vez, pelo menos para aqueles que acham que podem. Uma expressão dessa política é a guerra comercial imposta pelos EUA contra a China na tentativa de proteger a economia norte-americana de uma recessão. O alarme mundial que soou entre os analistas econômicos é o de que isso pode acelerar a retomada da crise de 2008, a curto prazo. Soma-se a esse condição de catástrofe iminente a queda do PIB nas principais economias europeias. A economia alemã, por exemplo, recuou no último trimestre em 0,1 % do PIB, o que significa para aquele país a beira da recessão.

A recessão mundial terá graves implicações sobre as economias mundiais. Significará uma ociosidade ainda maior das forças produtivas e o aumento do fosso entre o capital especulativo e o capital real, o que poderá levar a uma desagregação das moedas e uma tendência à hiperinflação. Alguns dados divulgados pelo mercado indicam um início de pânico entre os investidores. A fuga da das bolsas de valores para títulos públicos, principalmente do governo norte-americano, a compra de ouro que já acumula alta de 27% em 12 meses e a compra de notas físicas de 100 dólares, inclusive já superando as notas de 1 dólar, apontam para o colapso da economia mundial.

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