A Alemanha vai criar uma unidade especializada em combater grupos violentos de extrema direita dentro da sua polícia federal, por causa da violência crescente de militantes ultradireitistas, para identificar mais rapidamente discursos de ódio na internet e melhorar a coordenação internacional nessa questão.
Segundo documentos internos do Departamento Federal de Investigações (BKA), serão necessários 440 funcionários para criar um escritório central para combater os crimes de ódio e o extremismo de direita no país.
Sabe como é, na Alemanha, com extremismo de direita não se brinca, apesar dos olavistas, no Brasil, refutarem a história.
Atualmente, mais da metade dos 24.100 militantes ultradireitistas “fichados” existentes na Alemanha são tidos como propensos à violência, segundo autoridades de segurança. Os episódios de violência de extrema direita cresceram 3,2% em 2018 em relação ao ano anterior, de 1.054 para 1.088.
Um caso recente foi o assassinato do político Walter Lübcke, da CDU, com um tiro na cabeça. Um militante neonazista, confessou o crime.
O aumento das atividades da extrema-direita na Alemanha acontece também em outros países, tanto da Europa, quanto em outros continentes. Em todo lugar onde isso ocorre, é resultado da crise do regime imperialista e portanto dos partidos tradicionais do regime. A burguesia, em meio ao agravamento da crise histórica do capitalismo, historicamente, lança mão dos seus cães como recurso. Na Alemanha, assim como no Brasil e também nos Estados Unidos, existe uma elevação da polarização política, mas a esquerda tradicional, muito integrada ao regime, não consegue capitalizar a crise.