Diante dos vazamentos das conversas entre o procurador do Ministério Público, Deltan Dallagnol, e o juiz da operação Lava Jato, Sérgio Moro, promovidos pelo jornalista Glenn Greenwald, a situação política toma novos ares. Mais pólvora é adicionada ao barril que está prestes a explodir e o papel da esquerda de ser a centelha torna-se mais urgente. Os vazamentos são as provas incontestáveis do que vem sido dito desde a condenação de Lula: a operação Lava Jato é uma operação criminosa com intuitos políticos muito bem estabelecidos, prender a esquerda e submeter o Brasil aos interesses do capital internacional.
Não somente a prisão de Lula mostra-se uma fraude titânica, mas também todo o processo eleitoral que decorreu em consequência disso. O ex-presidente foi preso para não participar das eleições, para que um elemento do golpe pudesse ser eleito. Tirá-lo das eleições resultou na eleição de Bolsonaro. Toda a campanha de calúnia contra o PT com base no Judiciário e, como mostrado pelo The Intercept, sustentado e construído pela imprensa, foi um elemento importantíssimo para eleger o atual congresso.
Prova-se então que as eleições não têm nenhuma legitimidade. O atual governo, beneficiado por todo esse esquema e que presenteou Moro com um ministério, deve ser cassado pela população. A palavra de ordem atual deve ser pela liberdade de Lula, pelo fora Bolsonaro e por eleições gerais imediatamente. Diversos setores, como os Correios, que vêm sendo atacados por Bolsonaro, aprovaram em suas devidas assembleias essas palavras de ordem.
A esquerda não pode ficar na defensiva. Fazer uma campanha de agitação e propaganda imediata e de proporções nacionais é uma tarefa perante a atual conjuntura. As ruas de todas as cidades brasileiras devem se encher de cartazes com essas palavras de ordem e na mão de cada trabalhador um panfleto o convocando para atuar na situação política. A bola está na pequena área dos golpistas, depende somente de nós chutá-la ao gol.