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O abandono como projeto

Aumenta a fome nas favelas de João Pessoa

O regime de abandono e da falta de assistência pública em tempos de pandemia acentuaram os problemas que já existiam em João Pessoa

A crise causada pelo novo coronavírus aflorou várias feridas decorrentes da desigualdade no Brasil. Apesar da contaminação ser generalizada, em grupos socialmente mais fragilizados se potencializaram profundamente as necessidades e, sobretudo, a precarização. Em um boletim informativo resultante de um projeto de extensão da Universidade Federal da Paraíba intitulado “Direito à cidade e as lutas pelo espaço urbano: necessidades radicais e utopia”, mostra-se como o regime de abandono e da falta de assistência pública em tempos de pandemia acentuaram os problemas que já existiam em João Pessoa.

Os dados coletados do site da Prefeitura Municipal de João Pessoa e tabelados neste boletim revelam o crescimento exponencial do número de casos de Covid-19 de até mais de 460% em alguns bairros centrais empobrecidos e bairros periféricos, em menos de um mês, já que o recorte temporal da pesquisa foi entre os dias 15/05 e 03/06. As chuvas e enchentes nesses lugares colocam em xeque o direito à moradia e à habitação, o que se relaciona com os males da contaminação do coronavírus, descortinando ainda mais a precaridade da existência dos moradores. Mas um outro problema apontado pelo relatório é ainda anterior às mazelas causadas pela pandemia, mesmo que aprofundado por ela. Os pesquisadores, em investigação, ao conversarem com os profissionais da saúde sobre as principais carências da população paraibana, chegaram à um ponto evidente e esquecido ao receberem a resposta de “que a primeira necessidade é resolver o problema da fome, pois muitas famílias estão em uma situação de extrema pobreza”.

A estudante de Geografia, da UFPB, Tatiana Pinho, enfatiza questões bem relevantes no que se refere a esse achado da pesquisa. Um deles é que o problema da fome é normalmente pensado simplesmente como um problema de distribuição de recursos alimentícios (o que, de fato é verdade), quando outras condições essenciais à transformação dos mantimentos em comida como “fogão, panelas, gás de cozinha, e água potável” também faltam. Outra questão é a apatia da própria população no que se refere às reivindicações e lutas por direitos sociais básicos.

O descaso pela população pobre do país é historicamente uma estratégia das classes dominantes de cooptação política e de poder para a naturalização da baixa paridade que, além de outras coisas, distribui desigualmente a façanha constitucional do direito à vida nas realidades concretas.

As famílias mais atingidas pela extrema pobreza são aquelas que sofrem o desamparo de um Estado que as nega o auxílio emergencial de menos de um salário mínimo, enquanto facilmente socorrem os bancos e os grandes empresários com milhões, bilhões e trilhões de reais. Por isso, conselhos populares e mais mobilizações contra esse governo fascista são necessários – e não nos custa relembrar que realidade da Paraíba não é muito diferente da realidade de um país no qual 1 em cada 4 pessoas vivem com menos de R$ 420 mensais, o que justifica um levante nacional contra o genocídio da população brasileira por parte de Bolsonaro.

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