A campanha pela liberdade do ex-presidente Lula não se esgota no Brasil. Entre os próximos dias 25 e 28 a França, Suíça e Bélgica receberão a visita da Caravana Lula Livre Europa. O evento é mais uma iniciativa de comitês Lula Livre que estão distribuídos por diversas cidades do mundo. O objetivo do evento, portanto, é ampliar as denúncias acerca da prisão política do ex-presidente; sobretudo após as denúncias feitas pelo sítio do jornal The intercept, demonstrando o conluio organizado pelo judiciário para prender Lula sem provas.
De acordo com uma das organizadoras do evento, a jornalista Maria Luísa Souto Maior, “a Caravana Lula Livre Europa tem o objetivo de fazer um movimento na França e países próximos sobre o que está acontecendo no Brasil. Ao mesmo tempo que falaremos de Lula e de sua perseguição política, abordaremos a fragilidade das instituições brasileiras”.
Na avaliação de Maria Luísa, os jornais franceses ficaram, muitas vezes, a reboque da imprensa nacional (Estadão, Globo e Folha principalmente); “então começamos a pensar em divulgar ao cidadão francês e europeu a questão do lawfare (guerra jurídica) no caso Lula e de como o Judiciário brasileiro não é uma instituição que respeita a Constituição Federal, não está funcionando de acordo com o Estado democrático de direito”, explica a jornalista.
A Caravana Lula Livre Europa percorrerá no dia 25 a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris, com direito ao espetáculo Avril-Avril/Lettres à Lula (Abril-Abril/ Cartas à Lula) no grande teatro municipal, dirigido pelo dramaturgo Thomas Quillardet. O evento também objetiva entregar um documento feito por juristas em português, espanhol, francês e inglês, com uma análise da sentença de Sérgio Moro e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) nas condenações de Lula. As violações do princípio de presunção da inocência, prevista pela Constituição Federal, fazem parte desse documento que, na manhã seguinte, enquanto que em Genebra, na Suíça, será apresentado à alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet.
Maria Luísa sinaliza ainda que enquanto a delegação é recebida pela ONU, nos arredores haverá uma manifestação com batucada, faixas, panfletos. “Em Genebra iremos também à Organização Internacional do Trabalho (OIT), pois Lula foi um trabalhador e sindicalista, completa a jornalista.
A campanha e a mobilização em torno da liberdade do ex-presidente Lula aumentam a cada dia. Após as recentes revelações do jornal The intercept, o calor das massas deve ser alimentado ainda mais. O momento é propício para uma série de manifestações em defesa do ex-presidente Lula. É hora, portanto, de ganha cada vez mais corpo e ampliar ainda mais os comitês e suas atividades para derrotar o regime golpista de conjunto.