Neste final de semana, mais precisamente no dia 27 de Fevereiro, foi dado o pontapé inicial na mobilização popular em torno de Lula livre, candidato e presidente. Os atos se concentraram principalmente na Avenida Paulista, em São Paulo, e em frente ao STF, no Distrito Federal. Além disso, foram organizadas atividades como colagens de cartazes, panfletagens, colocação de outdoors em vários estados do país e países no exterior.
Os atos são um chamado do próprio Lula, após reunião com o Comitê Nacional Lula Livre, organização impulsionada pela base dos partidos de esquerda, sobretudo do PT, desde sua prisão em 2018.
O Partido da Causa Operária juntamente com o Comitês de Luta contra o Golpe de vários pontos do país buscaram impulsionar a mobilização chamada por Lula, uma vez que é consenso entre a militância dessas organizações que Lula é uma peça fundamental na luta contra o golpe no Brasil.
No momento em que setores do Partido dos Trabalhadores voltam a acenar para a burguesia, como fez Fernando Haddad ao propor a capitalista Luiza Trajano para a vice na chapa petista para as eleições de 2022, Lula aponta para a direção oposta e pede para o PT agir como esquerda. A crítica veio durante uma entrevista na última quarta-feira (26/02) na TV 247. Lula disse, “Precisamos nos mexer. Não dá pra ficar só no zoom chorando. Pega um jornalzinho e vai entregar na feira. Precisamos conversar com as pessoas…”.
Lula, ao contrário da esquerda pequeno-burguesa, que se apoia na pandemia para não fazer absolutamente nada, enxerga que a única maneira de garantir os direitos da população que se expressam nos direitos do próprio Lula é se apoiar na mobilização popular.
Neste sentido a mobilização em torno da candidatura de Lula ganha uma importância ainda maior tendo em vista que um setor importante da esquerda pequeno-burguesa busca a todo momento encontrar alternativas viáveis a Lula em uma suposta luta contra o bolsonarismo. Aí vale de tudo, desde Haddad, Flávio Dino, Ciro Gomes, Luciano Huck e até mesmo João Dória.
Junto aos capitalistas, Lula é visto pela burguesia como um oponente perigoso, uma vez que para isso acontecer o Partidos Trabalhadores terá que apostar na polarização política. Sua candidatura é boicotada a todo o custo, impedida de ser concretizada por meio das instituições burguesas graças à dura perseguição política. O ex-presidente é visto com toda esta seriedade pelos golpistas, dada a forte influência política que tem com a classe trabalhadora.
Por isso é necessário ampliar as mobilizações ocorridas neste ultimo sábado, sair às ruas e garantir na marra Lula livre, candidato e presidente.