Nesta última sexta (27), bolsonaristas saíram em carreatas em algumas cidades do país para defender a reabertura do comércio e o fim da política de isolamento em casa, devido à pandemia do coronavírus. Em Balneário Camboriú, a população de Santa Catarina, por sua vez, os recebeu merecidamente com diversas formas de repúdio, entre elas jogando esterco de cavalo.
As carreatas foram compostas por carros dos modelos e marcas mais caras, dirigidos pelo mesmo setor da burguesia que apoiou e empenhou-se na campanha a favor do golpe de Estado contra a ex presidenta Dilma. São na maioria empresários de segunda categoria, ameaçados pela crise capitalista, que querem salvar seus próprios bolsos as custas do trabalhador, mesmo estando sob risco de vida.
Tal recepção calorosa dos catarinenses é um reflexo da polarização política e da revolta crescente contra a direita e sua política de ataques à população brasileira, mostrando o aumento da radicalização do povo.
A extrema-direita bolsonarista é extremamente impopular em todos os lugares. Não é apoiada nem mesmo pela própria burguesia, que vem dividindo-se e criando novos rachas. Nem tampouco, por um amplo setor da classe média, mesmo os que apoiaram o golpe. A defesa da política do governo é feita, então, por um setor minoritário do baixo clero da burguesia.
Diante desta situação, em que o governo de Jair Bolsonaro e suas medidas estão praticamente sem nenhum apoio, é preciso intensificar a mobilização pelo “Fora Bolsonaro” e a realização de novas eleições. A pandemia do coronavírus estimulou uma crise que tem acirrado a luta de classes, inclusive dividindo o bloco capitalista. Faz-se necessário aproveitar a crise dos golpistas para fazer uma ampla mobilização das massas.