A chamada “reforma da Previdência” foi aprovada na Câmara essa semana. A “resistência” feita contra essa “proposta” nos corredores do Congresso, fazendo lobby parlamentar, não adiantou nada, conforme o esperado. Diante disso, não há mais tempo a perder com ilusões institucionais, os trabalhadores devem ir às ruas em massa para derrotar a direita golpista e reverter todos os ataques do último período, incluindo a reforma da Previdência. Hoje, em Brasília, haverá um ato a partir das 10h, em frente ao Museu Nacional.
O ato, convocado pela UNE, também está sendo chamado pela CUT, e tem como pautas o combate aos cortes na educação e aos ataques às aposentadorias dos trabalhadores. Será uma primeira demonstração contrária ao governo depois da aprovação da reforma na Câmara. Embora a convocação tenha sido relativamente fraca, é importante que os atos contra o governo continuem, dando sequências aos atos dos dias 15 e 30 de maio e à greve geral do dia 14 de junho. Há uma tendência à mobilização contra o governo que deve ser aproveitada.
A chamada “reforma da Previdência” é uma ataque brutal contra as condições de vida de milhões de trabalhadores. O novo cálculo do valor da aposentadoria vai diminuir o ganho dos aposentados, e os trabalhadores terão que trabalhar por mais tempo para poderem começar a receber. São medidas que provocarão um aumento exponencial da miséria pelo país. Além disso, a chamada “reforma” consiste em um roubo trilionário.
A imprensa burguesa alardeia a “economia” de R$1 trilhão em dez anos. Porém, esse dinheiro é dos trabalhadores, que contribuem a vida inteira para poder se aposentar. O dinheiro que a burguesia está “economizando” para dar aos especuladores é dos trabalhadores. Trata-se de um roubo.
A oposição a esses ataques, contudo, embora seja necessária, não pode ser feita isoladamente. É preciso ter uma política que unifique todas as lutas contra o governo Bolsonaro em torno de uma palavra de ordem abrangente. Por isso é preciso levantar, em cada ato contra o governo, como hoje em Brasília, as palavras de ordem: Fora Bolsonaro! Liberdade para Lula!