Da redação – Após oito meses de prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Partido dos Trabalhadores realizou na noite desta segunda-feira (10) um ato internacional no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, aproveitando o dia em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos chegou aos 70 anos, e denunciou todo o processo de perseguição aos trabalhadores, ao partido e o cárcere do maior líder do país.
Dirigentes e militantes do Partido da Causa Operária (PCO) estiveram presentes nas fileiras da luta pela liberdade de Lula, montaram a banca do partido para vender os produtos da loja do PCO, o Jornal Causa Operária (JCO), distribuindo também milhares de exemplares do jornal/cartaz A luta contra o golpe (jornal nacional dos comitês de luta contra o golpe), junto aos cartazes da campanha #LiberdadeParaLula, com as palavras de ordem de #ForaBolsonaroETodosOsGolpistas e os adesivos da campanha.
O ato contou com a presença de lideranças políticas de diversos países da América Latina e Europa, bem como de representantes de movimentos sociais e da militância do PT, MST, Frente Brasil Popular e etc. Mais do que nunca, as atividades nacionais serviram para pontuar a necessidade de ampliar a luta pela liberdade de Lula. Estiveram no palanque o ex-ministro das Relações Exteriores do governo Cristina Kirchner, Jorge Taiana; o deputado do Partido Comunista de Portugal, João Pimenta; também de Portugal, Isabel Moreira (Partido Socialista) e Nektarius Bougdanis, Relações Internacionais do Syriza da Grécia.
O dirigente do PCO, Antônio Carlos, fez uma memorável intervenção, relembrando a luta no Sindicato dos Metalúrgicos no dia em que Lula foi levado pelos golpistas, e que os trabalhadores estão com o ex-presidente, queriam elegê-lo e por isso as eleições foram completamente fraudadas. Lembrou que a luta contra o golpe não acabou, pois, com a vitória fraudulenta do fascista, Jair Bolsonaro (PSL), a tendência da população, vista nas ruas, bem como nos atos, é de não aceitar esse verdadeiro inimigo das organizações operárias e que já declarou abertamente que pretende colocar a esquerda na ilegalidade.
Foram feitas diversas intervenções no sentido de homenagear os companheiros do MST que foram assassinados por jagunços a mando de latifundiários. E ficou claro que os trabalhadores que estão na luta pela liberdade de Lula tem consequência desses fatos e por isso entendem a necessidade de ir às ruas, como visto em diversas falas onde se pedia a ação dos partidos de esquerda e o público reagiu com grandes aplausos.
Balanço do companheiro Antônio Carlos no ato pela liberdade de Lula em São Bernardo do Campo:
Companheiro do MST denúncia prefeito de São Bernardo do Campo: