Estamos na reta final do ato do dia 27 em Curitiba. No próximo domingo, militantes e ativistas de todas as regiões do País estarão a caminho da capital paranaense onde Lula está preso há mais de 500 dias.
Lula é um preso político. A direita golpista teve que prender a maior liderança popular do País não apenas para garantir a fraude na eleições que levou Bolsonaro e a extrema-direita ao governo mas principalmente para estrangular o principal representante das massas trabalhadoras no Brasil.
A esquerda pequeno-burguesa está reproduzindo uma ideologia que leva a um total imobilismo. Ao comparar as recentes revoltas no Equador e no Chile, conclui erradamente que nesses países a população seria mais mobilizada ou politizada como se fosse um fator divino.
Tal ideia só tem a serventia de jogar a mobilização do povo brasileiro para baixo, quando na realidade não se trata disso. As grandes organizações políticas, sindicais e populares do Brasil são as maiores da América Latina e é aí que mora o medo da direita.
Por isso Lula está presos, pois por maiores que sejam as confusões de sua política e do PT o fato é que de maneira ainda que distorcida eles representam a luta das massas no Brasil.
Por isso, ao invés de ficar olhando platonicamente o que está acontecendo fora do país, é preciso ser parte ativa na mobilização que tende a ser cada vez maior no Brasil. A luta pela liberdade de Lula e pelo “fora Bolsonaro” é um anseio das massas, tudo isso vem com um ingrediente importante: a crise profunda no regime golpista e no governo.
Lotar Curitiba é tarefa de todo o povo brasileiro e pode ser o estopim para uma mobilização que transborde a confusão gerada pelas direções da esquerda e coloca em xeque o regime golpista.