Dia 27, no próximo domingo, será realizado mais um ato nacional em defesa da liberdade do ex-presidente Lula. A data marca o aniversário do ex-presidente, preso político há 566 dias, condenado sem provas pelo ex-juiz Sérgio Moro, que hoje é ministro de Jair Bolsonaro, cargo que ganhou poucos meses depois de ordenar a prisão de Lula. O ato será realizado em Curitiba, porque é em Curitiba que Lula está sendo mantido preso arbitrária e ilegalmente pela direita golpista. Portanto, o centro da mobilização em defesa de Lula deve ser na capital paranaense, para exercer uma pressão concreta e real sobre o regime político dominado pela direita golpista.
Uma pauta central no enfrentamento com a direita
Em 2016 a direita golpista tomou o governo depois de uma longa campanha para derrubar o PT. Desde então, e mesmo antes, enquanto o governo de Dilma Rousseff se via pressionado pela campanha golpista, a direita está levando adiante uma série de ataques aos trabalhadores e às condições de vida da população. Ainda durante o governo do usurpador Michel Temer a direita aprovou uma reforma trabalhista retirando direitos dos trabalhadores, e agora acaba de concluir a reforma da Previdência, que consiste em um roubo das aposentadorias. Além desses ataques brutais, a direita está cortando gastos públicos e privatizando tudo.
É preciso impedir que esses ataques continuem e reverter os ataques feitos até agora. Para isso, é preciso enfrentar o regime político novo que a direita está erguendo sobre as ruínas do regime anterior, encerrado com o golpe de Estado de 2016. Todo o regime político está organizado para manter Lula preso. Desde juízes de primeira instância, procuradores e policiais, até chegar a ministro do próprio STF. As instituições estão tomadas por bandoleiros de direita que conspiram contra os direitos do ex-presidente para mantê-lo como preso político.
Esses agentes da perseguição política contra Lula são cúmplices dos ataques aos trabalhadores. A direita está procurando estabilizar o regime para continuar levando adiante esses ataques, e manter Lula é fundamental para essa política. Impedir Lula de participar das eleições em 2018 foi parte fundamental da manobra eleitoral com que a direita tentou apresentar o novo governo como legítimo. Agora, manter Lula preso é fundamental para tentar evitar uma polarização maior na sociedade e uma desestabilização do regime político. Por isso, os trabalhadores devem agir no sentido contrário, exigir a liberdade de Lula para colocar a direita na defensiva e derrotá-la. É por isso que essa pauta tornou-se central.
Concentrar forças
Portanto, se o ato deve ser em Curitiba, e se a liberdade de Lula deve ser uma pauta central do movimento contra o golpe, é preciso concentrar os esforços nesse sentido. Recentemente, a CUT aprovou a liberdade de Lula como eixo central de mobilização. É preciso concretizar essa política. A convocação de atos para datas próximas do dia 27 em outras cidades, como o ato convocado pela CUT para o dia 30 em Brasília, acabam servindo para dispersar em alguma medida as forças reunidas para pressionar a direita. É necessário evitar esse tipo de dispersão. É hora de reunir toda a força da esquerda contra a direita em torno de pautas nacionais e políticas.
Por isso, dia 27 é dia de tomar as ruas de Curitiba, mais uma vez, para desenvolver a luta dos trabalhadores em torno dessa reivindicação. Exigir a liberdade de Lula é uma política que de fato pode levar à derrota da direita, pressionando o regime político da direita golpista. Domingo é dia de exigir: liberdade para Lula! Todos a Curitiba!