Nesta quinta-feira (21) aconteceu manifestações em todo o país, no dia Nacional de luta contra a política do governo golpista de preparar, através das famigeradas reestruturações, a privatização do Banco do Brasil.
Na esteira dessa reestruturação, logo no começo de 2021 a direção golpista do BB anunciou a demissão de 5 mil bancários, o fechamento de cerca de 870 dependências bancárias, o que acarretará o descomissionamento em massa, transferência compulsórias, mudança na remuneração dos Caixa Executivos, dentre outras medidas nefastas aos funcionários do banco.
Em Brasília a manifestação ocorreu em uma das agências, onde foi anunciado pelo banco do fim do seu funcionamento, localizada em um bairro popular da Capital Federal, Cruzeiro Velho. A agência do BB é o único banco que atende toda aquela comunidade, a mais de 40 anos, que conta com cerca de 31 mil habitantes.
Além dos próprios funcionários da agência, a manifestação, organizada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, contou com a participação de representantes de outras categorias de trabalhadores, que também serão diretamente atingidos, como as dos Vigilantes e Serviços Gerais e também com representantes de organizações da própria comunidade, que serão duramente atingidas com o fechamento, coma a Aruc (Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro) Escola de Samba tradicional do Carnaval de Brasília que, na palavra do seu presidente desabafou a indignação, dele e da comunidade, com o fechamento do Banco do Brasil ressaltando a importância da presença de um banco público nas comunidade mais carentes com vistas a desenvolver projetos sociais e dar suporte aos trabalhadores autônomos, pequenos comerciantes, etc.
A Corrente Sindical Nacional Causa Operária Bancários em Luta, que hoje conta com representantes na atual diretoria do Sindicatos dos Bancários de Brasília, esteve presente no ato, onde foram distribuídos panfletos e cartazes da campanha nacional contra as demissões e as privatizações dos governos genocidas, e ressaltou a importância de organizar uma gigantesca mobilização da categoria bancária para impedir mais esse ataque através dos métodos tradicionais da classe trabalhadora tais como greves, ocupações. Chamar, imediatamente, uma plenária nacional dos bancários do BB e da Caixa Econômica Federal, que vem passando pelo mesmo processo (demissão em massa, fechamento de agências, venda das suas subsidiárias, remoção compulsória, etc.), com o objetivo de deliberar a greve em resposta à ofensiva da direita golpista contra a categoria bancária e aos bancos públicos.