O dia nacional de mobilizações marcado para ocorrer no próximo sábado, 29, está cada vez mais próximo. A data foi marcada pela terceira plenária nacional das organizações de luta, das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, com a participação dos partidos de esquerda e organizações dos trabalhadores da cidade e do campo. As manifestações que se realizarão em todo o país ocorrerão em um momento em que diversos setores da classe operária e das massas exploradas e oprimidas de nosso país se enfrentam com o regime golpista. É necessário intensificar a campanha pela sua realização, organizar uma ampla convocação e impulsionar verdadeiros atos de rua.
O chamado à manifestação já demonstrou uma importante vitória do movimento operário contra a paralisia das direções da esquerda pequeno-burguesa. A realização dos atos de 31 de março, que se opuseram à comemoração do aniversário do golpe militar de 1965 pelos fascistas nas ruas e, sobretudo, a realização do ato nacional de 1º de maio em São Paulo, mostraram a necessidade enfrentar com a mobilização os ataques promovidos contra os trabalhadores. Petroleiros, portuários, metroviários e diversas outras categorias começaram a entrar em movimento exigindo vacinação completa da população, lutando contra o desemprego e a privatização, e realizando importantes greves.
Com esta crescente tendência ao enfrentamento, é perceptível que a polarização leve a classe trabalhadora cada vez mais à esquerda. A política do “fique em casa” não pôde se manter quando a classe operária entrou em movimento. É uma política totalmente antagônica aos interesses os trabalhadores, que desde o primeiro momento de pandemia estão nas ruas diariamente se infectando e morrendo.
A mobilização vem provocando, como pôde se ver nos atos do dia 13, contra a chacina ocorrida em Jacarezinho, uma mudança gradual na política levada pelas direções de parte dos partidos da esquerda e de movimentos populares. A situação está insustentável, são quase meio milhão de mortos e novos dados demonstram que o país pode atingir até 1 milhão de mortes até o mês de setembro. É um verdadeiro genocídio contra a população pobre e oprimida.
Não podemos esperar que o país tenha, oficialmente, 1 milhão de mortos. Devemos intensificar desde já a mobilização e garantir a realização de verdadeiros atos de rua neste dia 29. É fundamental uma intensa campanha nas categorias, nas portas de fábrica, junto à classe operária para mobilizar cada vez mais.
O ato do dia 29, deve servir como impulsionador de uma jornada de mobilizações de rua, capaz de levar a frente as reivindicações fundamentais dos trabalhadores: um auxílio emergencial de verdade, de no mínimo um salário mínimo, para que a população não morra de fome, a vacinação completa da população, com a quebra das patentes e controle popular, a redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais, sem redução dos salários, bem como impedir a privatização dos Correios e das demais estatais, pela derrubada de Bolsonaro e de todos os golpistas.