O assassinato de George Floyd pelo aparato de repressão do Estado burguês, a polícia, foi o estopim da revolta popular. Floyd, que já sofria problemas cardiacos, foi sufocado pelo policial mesmo quando já não apresentava o mínimo sinal de reação.
Os EUA e o Brasil, são hoje os dois mais alarmantes focos da pandemia. Em consequência disto, o desemprego, a fome e a falta de condições de sobrevivência vem pressionando o povo ao limite. Enquanto isso, os governos fascistas de EUA e Brasil liberam trilhões para à burguesia. Assim, o assassinato de Floyd foi apenas a gota d’água que faltava para o copo transbordar nos EUA.
Atletas, especialmente os negros, estão indo às ruas, junto com a população para protestar. Nas ruas de Minneápolis. Junto ao povo, estavam: Naomi Osaka (tênis, Japão), Darrell Thompson (ex-NFL, EUA), Tyrone Carter (ex-NFL, EUA), Royce White (ex-NBA, EUA), Stephen Jackson (ex-NBA, EUA), JR Smith (NBA, EUA), Karl-Anthony Towns (NBA, EUA), Jordan Clarkson (NBA, EUA/Filipinas), Justin Anderson (NBA, EUA), Malcom Brogdon (NBA, EUA). Já Jaylen Brown (NBA, EUA) foi às ruas no estado da Georgia, um dos estados mais racistas dos Estados Unidos.
Stephen Jackson, campeão da NBA de 2003 pelo San Antonio Spurs, foi um dos que mais sentiu o assassinato de Floyd, pois ele cresceu com Floyd em Houston, Texas, e manteve contato com a vítima mesmo após ter se tornado uma grande estrela do basquete. Em sua conta do Instagram, Stephen diz que a mudança pedida pelas massas é a mudança política, que garanta a igualdade a todos, pois isso é um direito.
Outros atletas, como superastro LeBron James (NBA, EUA) e Colin Kaepernick (ex-NFL, EUA) protestaram em suas contas no Instagram. O último, que se notabilizou pelos protestos durante a execução do hino americano durante os jogos da NFL, além de ter levado o San Francisco 49ers a um Super Bowl, prometeu pagar os custos legais de todos aqueles que venham a ser processados devido às manifestações.
A reação de grandes estrelas do esporte mostra o caráter de massa e a importância do movimento que está a ocorrer nos Estados Unidos. Kaepernick, por exemplo, foi perseguido por setores da burguesia e ficou desempregado desde 2016. Deste modo, tem-se que a situação é, de fato, insustentável, visto que estão a arriscar, em alguma medida, seus contratos milionários por se posicionarem contra o racismo sistêmico.
Enquanto isto, no Brasil, a burguesia e parte da pequena-burguesia olham apreensivas e tentarão, com todas as forças, impedir que as mobilizações cheguem ao Brasil. Entretanto, caso estas cheguem aqui, já preparam articulações para sequestrar o movimento ao propor a política de frente ampla com direitistas, financiadores do golpe de 2016, da prisão de Lula e da eleição de Bolsonaro. O povo deve estar atento a estes espertalhões e colocá-los para fora. Deve-se dar o recado, nas ruas, que o povo está cansado de políticos eleitoreiros e golpistas. Todos às ruas dia 13 de junho pelo Fora Bolsonaro! Eleições gerais já! Sem aliança com golpistas!