Na última segunda-feira (01/04), policiais que perseguiam um suspeito de roubar um carro invadiram o Campus Jardim Botânico da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Segundo a polícia o suspeito estaria armado e houve troca de tiros antes que abandonasse o carro e entrasse em um matagal que tem acesso à universidade. Tal fato fez com se alunos e professores entrassem em pânico e, de acordo com a Tribuna do Paraná, funcionários fecharam as portas de algumas salas e mantiveram presos professores e alunos por cerca de meia hora, enquanto a polícia e a segurança da universidade buscavam pelo suposto suspeito.
Uma onda de terror tem tomado escolas e universidades após o ataque à escola Raul Brasil, em Suzano (SP). A imprensa cria o clima de pânico divulgando casos de atentados e de ameaças de atentados, o que faz com que a população se sinta insegura nas instituições educacionais, facilitando, assim, um processo de repressão das escolas, professores e do próprio movimento estudantil. A intenção desse clima é colocar a polícia dentro da escola sem a necessidade de uma intervenção militar escancarada como vem sendo feito no Distrito Federal.
Não devemos esquecer que o atual governo ilegítimo de Jair Bolsonaro sempre teve como carro chefe grandes ataques à educação, como o “Escola com Fascismo”, que visa censurar qualquer tipo de pensamento crítico dentro do ambiente escolar, vigiando e perseguindo professores e estudantes que não concordam com os propósitos e ideias fascistas de presidente golpista.
Outro fato que não deve ser esquecido é de que a extrema-direita tem o hábito de se infiltrar em ambientes com os quais não concordam, assim, há a possibilidade de tal ação ser só mais um meio para justificar sua política de aumentar a repressão, afinal, com ou sem atentados, a violência é um problema social que nunca foi solucionado com o aumento da repressão, como vemos claramente com a intervenção militar no Rio de Janeiro. Entretanto o terror que a divulgação dos atentados vem trazendo estão servindo de pretexto para atingir o objetivo final: o aumento da repressão contra estudantes, professores e toda a população.