Na noite da última quinta (13), a sede da Central Obreira Boliviana (COB) sofreu um atentado com explosivos. Além da COB, a Confederação de Mulheres Bartolina Sisa também sofreu ataque no mesmo dia.
Seis pessoas fortemente armadas foram detidas pelo ataque, ainda na quinta. O ministro do governo boliviano, Arturo Murillo, revelou, nesta segunda, que os suspeitos são parte de uma milícia denomina “Resistencia de Las Pititas”, referência a como ficaram conhecidos os protestos fascistas ocorridos no ano passado que derrubaram o então governo Evo Morales.
“Há um grupo denominado Resistencia de Las Pititas que pôs dinamites na COB. Em questão de horas, os detemos. Fica claro que não temos preferências”, afirmou Murillo, reconhecendo o apoio que a milícia dá ao governo golpista de Jeanine Áñez. Tentando dar uma roupagem democrática ao governo antidemocrático, o ministro afirmou, ainda, que poderiam não tê-los prendido, uma vez que são apoiadores do governo.
Em artigo feito na segunda (17), a rede de televisão boliviana denunciou que a milícia “goza da proteção e cumplicidade da Polícia e do governo” e que, desde a chegada de Jeanine Áñez, “registraram ações violentas, assim como o amedrontamento de Defensores do Povo, autoridades ou embaixadas”.
Esse fato coloca à frente a possibilidade de Áñez estar por trás dos atentados, principalmente pela grande campanha do governo fascista contra a COB que tenta criminalizar esse movimento.
Neste sentido, é muito possível que esta milícia seja apenas um órgão fora do governo fascista que trabalha para o mesmo, fazendo, assim, o trabalho sujo de intimidação e repressão dos movimentos operário e popular.