Um dos elementos que compõem a intrincada situação política atual, que mais assombra o governo da camarilha fascista e golpista que usurpou o país e o conjunto da burguesia, é sem dúvida o fator Lula e sua autoridade política diante da população, que, mesmo vítima da perseguição política e da campanha cerrada da imprensa golpista, está só faz crescer na mesma medida em que afunda o governo e a economia nacional.
Setores da própria burguesia golpista, fascista, que participaram do golpe de Estado, que promoveram e promovem a perseguição ao ex-presidente e que o colocaram e os mantém como preso político procura evitar o choque direto com a imagem e a opinião pública extremamente positiva das massas a respeito do ex-presidente Lula e que a própria burguesia não conseguiu modificar, mesmo condenando-o, ilegalmente evidentemente. Uma expressão disso foi a afirmação um tanto surpreendente do ministro da economia da camarilha golpista e fascista que está no poder hoje, Paulo Guedes.
Guedes, que um elemento da extrema-direita e um aloprado, afirmou em uma reunião com seis presidentes de Tribunais de Contas Estaduais em 12 de Março, más notícias o apenas recentemente, que Lula é inocente.
Além de fazer a defesa da reforma da previdência e outros ataques, Guedes disse: “Estamos convencidos de que Lula não roubou um tostão. E seu patrimônio prova isso. Ele não teve quem o avisasse do que acontecia em torno de seu governo. Acabou vítima do jeito de fazer política no Brasil. Serve de exemplo”.
Apesar do cinismo do “thuthuca” dos banqueiros, já que é membro do governo quem dá também sustentação perseguição política atroz e a prisão ilegal, criminosa e desumana do ex-presidente Lula e que representa todo um setor da burguesia que mantém o ex-presidente presos ilegalmente, Guedes reconhece, 1) que o ex-presidente Lula é inocente nas acusações, é portanto um presos ilegal, 2) que Lula é vítima de clara perseguição política, ao afirmar que Lula e vítima da forma de fazer política no Brasil, ou seja da forma antidemocrática, antirepublicana e golpista da política burguesa.
Este fato um tanto inusitado vindo da extrema-direita revela, contudo, que o governo sente a pressão social pela libertação do ex-presidente e que essa pressão é ao mesmo tempo rechaço ao seu governo. Mostra também a atual debilidade do governo que não consegue levar adiante plenamente sua política e nem mesmo, como é de praxe na extrema-direita, culpabilizar os líderes (no caso o líder) da oposição e também setores sociais por todos os males do país.
É preciso aproveitar a desarticulação da burguesia para impor uma grande derrota a burguesia e a extrema-direita exigindo a queda do governo e a imediata libertação do preso político e líder popular Luiz Inácio Lula da Silva.