Nessa última semana, todas as maiores companhias aéreas da Europa decretaram uma “estado de emergência” econômica. A derrocada financeira pós-2008, que sente-se mais fortemente agora, combinados as suspensões de vôos da Europa para o mundo, principalmente com o decreto de Donald Trump que proíbe voos da Europa para os EUA, atingiu fortemente o setor.
O primeiro método de “contenção de gastos”, isto é, dos capitalistas permanecerem com seus altos lucros em suas contas bancarias, é como de praxe o de jogar a crise nos ombos dos trabalhadores dessas companhias. Os números são de demissões entre 70% até 90% do efetivo de trabalho. Isso resultaria em milhões de trabalhadores no completo desamparo e famílias inteiras no caminho de uma miséria total, para salvar alguns empresários.
Mesmo com uma política de “rolar cabeças” desses capitalistas, não seria o suficiente para evitar a falência das empresas. A burguesia do setor aéreo faz aquilo que no neoliberalismo é o que chamamos de pecado: uma forte intervenção estatal. Deixando claro que essa doutrina econômica está mais para ideológica e que propaga apenas besteiras e demagogias para um punhado de incautos, que para ser muito modesto com tendencias nitidamente fascista.
Isto é, o “grandes” dos ares querem o seguinte: espoliar todos os operários dessas empresas com demissões em massa e depois pegar o dinheiro desses mesmos operários e das famílias deles, que vão para o Estado, para manter bem alimentada suas contas bancárias e as empresas na mão destes para um dia voltarem seus lucros ainda maiores.
É necessário que os trabalhadores dessas empresas façam imediatamente greves com ocupações, tirem da mão dos capitalistas o controle da empresa, construam conselhos operários para que com o lucro não reduzam, mas aumentem as linhas áreas, para impedir a superlotação dos aviões e manter seus empregos e salários, ao mesmo tempo que a disseminação do vírus.