Neste sábado dia 29 de agosto, em um artigo na Folha de São Paulo, o economista liberal Armínio Fraga defendeu o fim do teto de gastos públicos. O artigo foi um ataque a continuidade do teto dos gastos e a proposição de uma saída “equilibrada”.
Armínio Fraga é ex-presidente do Banco Central do Brasil e sócio-fundador da Gávea Investimentos, entre os economistas desenvolvimentistas e keynesianos, Fraga é considerado como um liberal, com forte laços com os interesses do imperialismo norte-americano, sendo um da “autonomia” do Banco Central, do câmbio flutuante e do cumprimento de metas de superávit fiscal e de inflação.
No seu artigo na Folha de S. Paulo, Fraga tenta que nas condições geradas pelos teto dos gastos públicos “o espaço para cortes nos gastos correntes discricionários praticamente se esgotou e o investimento público está próximo de zero, o que é política e economicamente insustentável”.
Nas palavras de Fraga: “o futuro macroeconômico do país ainda está longe de ser confiável. Quem vai investir em um país com indicadores tão incertos? O que fazer então com o teto?”. Onde continua questionando Fraga. “Restam então duas alternativas: defender a ferro e fogo o teto ou buscar uma saída mais equilibrada. Não creio que a defesa pura e simples do teto seja uma solução viável por muito mais tempo. Melhor planejar o quanto antes uma saída organizada e crível”.
“Como o único caminho que enxergo é gradual e a nossa credibilidade, baixa, me parece de todo essencial que se aprove o quanto antes uma versão da PEC Emergencial que ofereça ao governo as ferramentas necessárias para se desenhar e executar um orçamento plurianual crível. Esse orçamento deveria indicar com clareza as metas mencionadas acima para o gasto público e o superávit primário. Só assim seria possível uma flexibilização segura do teto”, pontua o liberal.
O que vemos aqui não é um fenômeno de mudança da orientação política do economista Fraga, ao contrário em seu artigo ele encontra espaço para atacar o serviço com pressupostos altos salários. A realidade é que o cenário a desenhar-se no horizonte e tão funesto, e por isso tão instável que até os carniceiros liberais estão criticando o teto dos gastos
Isso traz novamente à baila a necessidade dos trabalhadores de se mobilizarem e organizarem para superar o moribundo incurável do Estado capitalista. Apenas superando a política liberal que propõe utilizar a classe trabalhadora como sacrifício para manutenção dos lucros capitalistas, e a imposição de um Estado operário é que os trabalhadores e toda a sociedade terão condições de desenvolvimento pleno.