Em fevereiro de 2017 uma prestadora de serviços da BRF – Brasil Foods, NVM comércio de Refeições Ltda EPP denunciou o grupo dono das marcas Sadia, Perdigão e Qualy de estar fornecendo refeições com prazos vencidos aos trabalhadores.
A denúncia se deu em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, região Centro Oeste do País. Além disso, a empresa denuncia que a BRF estava fornecendo carnes de sua marca em embalagens sem identificação de origem e prazos de validade, alimentos em embalagens violadas e frangos estragados e obrigando a contratada a preparar os alimentos e servi-los aos funcionários no refeitório daquela planta fabril, conforme divulgou o site O Livre.
Mato Grosso é um dos estados do país onde os frigoríficos estão em primeiro lugar, em relação às condições de trabalho e doenças ocupacionais e dá para entender que, também estaria na conta a alimentação fornecida aos seus funcionários.
Há um ditado de que do boi não se perde nada, no caso da BRF-Brasil Foods é: quando se trata de alimentação, nós não podemos perder nada, porque isso é dinheiro e não podemos diminuir o lucro, e além do mais que importância tem de os trabalhadores se alimentarem com produtos que estão só um pouco vencido.
O caso do grupo BRF – Brasil Foods não é um fato isolado, no grupo JBS/Brasil Foods, no antigo Frigorifico Braslo e agora Seara Alimentos, os trabalhadores, até o final de 2017 estavam se alimentando de produtos fabricados para a Copa do Mundo 2014, ocorrida aqui no Brasil.
Para os patrões, os trabalhadores são apenas algumas peças que poderão ser descartadas a qualquer momento, portanto se adoecerem por esse ou qualquer outro motivo, não têm importância, não é levado em conta.
Mas os patrões sempre têm uma boa desculpa, tal como a nota que a assessoria de imprensa da BRF S.A de que segue as normas de produção e comercialização de seus produtos e que tem “compromisso com a segurança alimentar”, palavra vazia que não quer dizer nada.