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Sistema carcerário dos EUA

Até 100 mil presos podem morrer de coronavírus nos EUA

Está sendo engendrado um projeto que tem como principal foco o genocídio completo da população pobre.

É impossível desatrelar a crise do coronavírus com a situação da população carcerária ao redor do mundo. Dentro dos presídios, a situação é extremamente precária e desumana. Milhares de presos e funcionários já estão infectados com o vírus e centenas estão mortos. Isso se dá, principalmente, pela facilidade de infecção dentro do cárcere, já que os espaços nos quais os presos estão alojados são minúsculos e extremamente lotados. Ademais, a total falta de infraestrutura mínima de higiene se mostra completamente mortal, com a ausência de máscaras, álcool em gel, luvas etc.

Segundo um informe do Washington Post, neste momento, nos Estados Unidos, existem 35.800 contagiados e 345 mortos devido à Covid-19. É importante ressaltar que estes números não correspondem à realidade, uma vez que não foi realizado a quantidade de testes adequada para de fato determinar a gravidade da situação. Por exemplo, segundo Ed Chung, vice-presidente de Reforma da Justiça Criminal do Centro pelo Progresso Americano,

As instalações que testaram a sua população carcerária e seus funcionários penitenciárias encontraram uma taxa de infecção acima de 70%. Entretanto, as prisões não estão realizando testes suficientes, uma lógica que, infelizmente, se estende ao Estados Unidos em sua totalidade.

Exatamente por este motivo que os dados apresentados não passam de uma estimativa grossa, sendo prudente elevar os números pela casa dos milhares. Para mais, deve-se lembrar que o Estados Unidos é o país que apresenta o maior número de presos no mundo, com cerca de um quarto da população carcerária total.

Além disso, o informe destaca que, de acordo com uma das organizações estadunidenses pró direitos humanos, caso a situação das prisões não melhore, está prevista a morte de mais de 100 mil pessoas pelo novo coronavírus. Ou seja, devido ao descaso total por parte das entidades governamentais competentes, está sendo engendrado um projeto que tem como principal foco o genocídio completo da população pobre. Afinal de contas, quem está preso é pobre, negro e da periferia. Quem está preso o está por vias de um processo descarado de limpeza social e racial propagado pelo governo imperialista de Donald Trump.

No Brasil, vemos uma situação extremamente similar. Na Papuda, em Brasília, por exemplo, já são mais de 400 presos infectados pelo vírus, o que representa mais de 15% do número total de infectados no estado, além de ser a maior população carcerária infectada em todo o território brasileiro. E, como está visível no país inteiro, existe um caso grave de subnotificação que empaca uma análise franca e eficiente da situação.

Vale citar que, em alguns países, esforços efetivos estão sendo feitos para solucionar a crise carcerária. No Irã, por exemplo, foram libertos cerca de 85 mil detentos. Além disso, o país também adotou medidas de precaução para conter os surtos nas prisões. Na Argentina, levantes dentro das prisões encurralam o governo de Alberto Fernández, que já está sendo obrigado a tomar medidas como a liberação dos presos, mesmo sofrendo pressão contrária por parte da população argentina.

Mesmo com os exemplos citados, os governos de todo mundo, principalmente das potências imperialistas, encaram a situação como se qualquer solução fosse completamente inviável e irreal. Agem como se não existissem recursos o suficiente para mobilizar qualquer tipo de estrutura para alojar estes presos. É evidente que o capital existe. Entretanto, qual é lucro que a burguesia tem ao ceder seu dinheiro para solucionar a situação da população carcerária e, finalmente, da população ao redor do mundo? É evidente que eles não o farão. Estão imersos em seu gozo pela retroalimentação do capital e o aumento de seus imensos complexos industriais.

Devemos nos opor, agora mais do que nunca, a essa vilania terrível responsável pela morte de milhares de pessoas em todo o mundo. Mobilizemo-nos para pôr um fim a essa tirania intragável e nefasta que assola a classe operária. Precisamos lutar pela liberdade dos presos e pôr um fim a esse projeto genocida que, no final das contas, tem como único objetivo a desocupação dos complexos presidiários por meio da morte generalizada, para serem reutilizados e, enfim, concretizar o projeto da burguesia de total extermínio da população.

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