A crise entre os Estados Unidos e Irã poderá afetar os preços dos combustíveis no Brasil de forma direta, pois a politica de preços para a gasolina e o diesel no Brasil é a de acompanhar a cotação internacional do barril de petróleo. Após o assassinato de Qassem Soleimani, general iraniano, em um ataque aéreo americano no aeroporto em Bagdá, no Iraque, que matou 7 pessoas entre eles o chefe da guarda revolucionária do Irã. O preço mundial do barril de petróleo disparou.
O Irã é décimo maior produtor de petróleo do mundo, segundo a OPEP e que sua posição geográfica é estratégica para escoação de um quinto da produção global de commodity .Na sexta feira (3) a cotação do barril de petróleo tipo Brent subiu 4%, chegando o preço a US$ 70.
No Brasil os preços dos combustíveis vem subindo vertiginosamente desde o golpe de estado em 2016. Nos últimos meses com a valorização do dólar aumentaram significativamente. Sendo assim, o presidente fraudulento Bolsonaro, um dia após o ataque que matou Soleimani, admitiu que os preços dos combustíveis no Brasil devem sentir o impacto. Na saída do palácio Alvorada afirmou aos jornalistas sobre o preço da gasolina e do diesel “que vai afetar vai, agora vamos ver o nosso limite aqui”.
Para o economista chefe da Macrosector Consultores Fabio Silveira, em reportagem para a BBC, após o crime contra o líder iraniano, afirma que “dependendo da reação, a escalada de preços pode ser ainda pior, de qualquer forma, não devemos voltar ao patamar de US$ 60 (do barril do tipo Brent) tão cedo”.
Nesta segunda feira (6), Bolsonaro marcou uma reunião que será comandada pelo ministro de minas e energia, Bento Albuquerque, para discutir a alta do preço do combustível com a equipe econômica.
De acordo com o jornal Metrópoles, o governo golpista sugeriu apelar para que os governadores dos estados reduzam a alíquota do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS), caso aja uma alta no preço da gasolina e diesel no país, “tivemos conversa e temos uma estratégia de como proceder o desenrolar dos fatos. A coisa que mais preocupa é uma possível alta no petróleo, de 5% no momento, disse Bolsonaro.
A partir do governo ilegítimo de Michel Temer, em 2017 a Petrobras adotou uma politica que repassa ao preço da gasolina e do diesel nas refinarias a variação de acordo com a cotação internacional do petróleo e do dólar. Bolsonaro disse que não pode intervir no preço que a empresa irá repassar para as bombas, deixando assim a população nas mãos dos capitalistas petroleiros internacionais.
Outro caso que favorece a alta nos preços do combustível e que vem se desenhando cada dia mais é o desmonte e sucateamento que vem acontecendo na empresa brasileira desde o golpe de estado em 2016.
Sob ataque da operação Lava Jato, que segundo a Direção do Sindicato do Petroleiros foi instrumentalizada para desestabilizar e privatizar a Petrobras, prejudicando assim a soberania nacional e aumentando o preço dos combustíveis favorecendo as gigantes do petroleiras internacionais em detrimento do povo brasileiro.
De forma abrupta as denuncias de corrupção contra a Petrobras pela Lava Jato custou milhões de empregos, desinvestimento em larga escala na empresa, e diminuição significativa no produto interno bruto brasileiro.
As privatizações desde 2017, estão acontecendo ao longo de 2019 em vários setores estratégicos da empresa, o ultimo ataque do ano foi nas refinarias de petróleo brasileiras, que postas a venda a troco de banana, foi “festa” em sua maioria para as multinacionais chinesas.
Um país soberano não pode deixar suas riquezas naturais de produtos essenciais ao cotidiano do trabalhador a mercê dos monopólios imperialistas que só visam lucros. Portanto, é extremamente importante organizar e mobilizar a população nas ruas e por abaixo todo esse regime golpista de conjunto que afeta nossa soberania e destrói nossa economia dia após dia.