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Ataques à caravana de Lula mostram a necessidade de autodefesa

A caravana de Lula pelo Sul do Brasil foi uma das mais atacadas, se não a mais atacada. É possível dizer que a direita se organizou melhor para avançar sobre a caravana, com paus, pedras, chicotes e tratores.

Foi um típico setor social que atacou a caravana: os latifundiários e toda a gama de pessoas que ganha dinheiro com essa atividade econômica que representa o atraso nacional. O latifúndio, por outro lado, foi um dos grandes incentivadores do golpe de Estado, que depôs Dilma e o PT do governo federal.

Lendo sobre a criação dos Panteras Negras, a sua luta pela autodefesa e os confrontos com a direita norte-americana nos anos 1960, é fácil compreender que eles precisavam de armas para conter a direita fascista, representada pela Ku Klux Klan.

Aqui, só um parêntese: se vocês pegarem algumas imagens dos agressores da caravana de Lula no Sul e comparar com alguns integrantes da KKK, vocês verão uma certa semelhança, mas é só coincidência…

Enfim. Robert F. Willians (1925-1996), em seu livro Negroes With Guns publicado em 1962, mostra que o armamento do povo negro foi uma necessidade diante dos ataques desferidos pela direita racista, dentro e fora do estado. E essa, finalmente, foi a única política capaz de colocar um freio aos linchamentos e assassinatos de negros.

Esse livro instigou Huey P. Newton e outros negros que já estavam impacientes com o massacre de seu povo a criar o inicialmente chamado Partido dos Panteras Negras para a Autodefesa. Através do partido, organizaram grupos comunitários de segurança, portando rifles e pistolas, faziam a defesa da comunidade contra qualquer ataque da polícia ou dos covardes da KKK. Posteriormente prestaram serviços sociais para a comunidade, como educação, saúde e alimentação.

Deu certo.

E deu certo porque o sistema capitalista e o racismo se impõe pela violência contra os indefesos. A partir do momento em que o indefeso carrega rifles e pistolas, fica um pouco mais complexo fazer coisas como a KKK fazia, ou como fizeram os “rednecks” brasileiros contra a caravana de Lula, ou mais, o que fez a PM no último sábado, no Rio de Janeiro, quando executou oito jovens negros.

O FBI e a operação Cointelpro (que a Polícia Federal brasileira conhece muito bem), desestabilizou a organização de Huey P. Newton através das drogas financiadas pelo próprio estado, de assassinatos, de campanha de calúnias feita pela imprensa, além do ataque direto.

Os negros de lá tinham a vantagem da lei, que permitia o porte de arma, contanto que estivesse à vista de todos. Além disso, vários militantes tinham experiência com guerras e o serviço militar norte-americano.

De toda maneira, a experiência do partido ficou. E, diante dos últimos acontecimentos nacionais, diante do golpe de Estado e da direita, fica clara a necessidade de lutar pelo direito ao armamento do povo, pelo direito de autodefesa, pela constituição de comitês de autodefesa.

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