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Tombo histórico

Ataque dos golpistas na indústria leva à maior queda desde 2002

Com a eleição fraudada, Bolsonaro de extrema direita se elege, inicia-se a total entrega do patrimônio nacional ao capital estrangeiro, como recursos naturais

Em matéria do Uol economia, apontam a queda do desempenho industrial do Brasil em 18,8% no mês de abril em relação a março. Esse foi o pior resultado da indústria desde o início da sondagem pelo IBGE em 2002, conforme a série histórica do órgão.

 

Nos dois últimos dois meses teve queda acumulada de 26,1%. Já em relação a abril de 2019 a queda foi de 27,2%. Em outra matéria do Uol referem que se tratou de um tombo jamais visto e indicam que  setores importantes praticamente parou.

 

A queda é maior no setor de bens de capital, que é o termômetro para medir a situação, ou a saúde da economia. E neste a queda foi de 41% mostrando que ninguém está pensando em investir.

 

Pesquisando os dados da CNI deste mês, percebemos que vão na mesma linha. O gráfico mostra que a utilização da capacidade instalada em janeiro 2020 estava em 70%, em fevereiro caiu para 68%, em março caiu novamente para 58% e em abril caiu para 49%. O teto é sempre 80%, quando a utilização supere os 80 %, as empresas começam a investir na expansão da capacidade instalada.

 

Lembrando que o impacto do coronavírus começa oficialmente em meados de março. E observando o gráfico notamos que a tendência de queda acentuada já vinha ocorrendo desde janeiro deste ano, mas a tendência geral de queda tem início em janeiro de 2015. Isso nos permite concluir que o coronavírus no máximo acentuou a tendência anterior.

 

Se de abril 2019 a abril 2020 a queda acumulada estava em 27,2%, e portanto sem a influência da pandemia, temos que procurar outras causas para a queda generalizada.

 

A partir de 2013 começamos com um período de turbulência política no país com as manifestações de rua. Em 2008 presenciamos o estouro da bolha imobiliária nos EUA que se espalhou para todo o mundo, demorando para atingir nossa economia. 

 

Tivemos a greve dos caminhoneiros em 2018. O processo do mensalão, do impedimento da presidente Dilma Rousseff que contou com o apoio de setores da esquerda, condenação e prisão fraudulenta da maior liderança de esquerda, o Lula, além de outras lideranças importantes, como José Dirceu, José Genoino, Delubio Soares, e a consequente criminalização das empresas que foram envolvidas nos processos. Eleições bastante tumultuadas em 2019, marcada por fraudes, impedimento da candidatura da principal liderança da esquerda, o Lula.

 

Em todos esses acontecimentos ficou claro que a intenção era a retirada do governo de esquerda, do partido dos trabalhadores, para então voltarem os governos de direita do PMDB do PSDB e do DEM  principalmente. A volta da velha guarda velhaca e promíscua, que tem como característica principal o desmantelamento do estado e corte dos benefícios sociais. 

 

Em suma a política neoliberal, que traz como consequência o sucateamento do país. Basta ver os resultados dessa política nos países onde foram implantadas, como Inglaterra, Chile, Brasil nas décadas de oitenta com FHC do PSDB, etc. É uma política de terra arrasada, que ultimamente tem sido implantada até mesmo nos EUA, ocasionando o maior desemprego da história desde a crise de 1929, se já não é pior ainda.

 

Com a eleição fraudada, Bolsonaro de extrema direita se elege, inicia-se a total entrega do patrimônio nacional ao capital estrangeiro, como recursos naturais para serem explorados pelo capital estrangeiro, empresas estratégicas para a economia como a Embraer, liquidação dos direitos trabalhistas incluindo a legislação, aposentadorias, bolsa família, etc.

 

Diante dessa política as expectativas são de aprofundamento da crise, que agora sofre piora com a pandemia. Nenhuma das duas crises contam com  perspectivas de se encerrar, não só no país como em todo mundo. Sem dúvida estamos vivendo numa das piores crises que o capitalismo já passou e até agora ninguém arrisca um caminho possível.

 

Com o aprofundamento da crise, abre-se a possibilidade de revoltas gigantescas por parte das populações trabalhadoras, que se tiverem o adequado direcionamento das lideranças poderá levar ao fim definitivo do capitalismo, coisa que já poderia ter ocorrido na crise de 1929, não fosse a política errada das lideranças. Essa política levou a classe trabalhadora a enorme refluxo das lutas e nos trouxe onde estamos hoje, novamente perplexos, mas com novas esperanças.

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