Empenhado há anos em saquear a aposentadoria para cobrir os rombos da das instituições financeiras, na ultima quarta feira, o governo golpista oficialmente apresentou a PEC da reforma previdenciária. Além das propostas impensáveis de alteração de constituição que já se sabe: idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens (revisado sistematicamente a cada 4 anos, de acordo com a expectativa de vida), fim da aposentadoria por tempo de contribuição, a quadrilha que pretende levar a cabo o roubo da previdência apresenta o mais o trágico cenário para o trabalhador que, tendo progredido em sua faixa salarial ao longo da vida, vai chegar a aposentadoria com a média de todos os salários recebidos. Ou seja, o trabalhador por fim vai se aposentar com os valores ínfimos do seu início de carreira adicionados à media da base de cálculo previdenciário, reduzindo de maneira vertiginosa sua receita. Um situação de miséria e desamparo do contribuinte justamente na idade em que a demanda por recursos gastos com saúde é sabidamente maior.
Um dado que ilustra bem o desespero instaurado por esse tipo de abuso contra o trabalhador é o número recorde de suicídio de idosos chilenos após a privatização da Previdência Social Chilena adotada sob a ditadura de Pinochet. É exatamente o que essa corja planeja para o Brasil: Não se trata de uma reforma – se compreendermos que reforma implica necessariamente em melhoria. Trata-se de um verdadeiro desmonte do sistema de previdência pública no Brasil, cujo único propósito é fazer com que os trabalhadores custeiem o calote de sonegação das instituições financeiras (JBS, Vale, bancos) que já somam mais de 125 bilhões de reais não repassados ao INSS.
Essa “reforma” formaliza o assalto compulsório ao trabalhador, porque o desconto permanece firme, forte e abusivo, mas o benefício será repassado de forma cada vez mais miserável, até a completa extinção. Para justificar esse saque, não faltam capachos disfarçados de especialistas que alegam que estão garantindo o futuro da previdência. Resta apenas saber: Futuro para QUEM? Aos trabalhadores certamente não seria.
Em rede nacional, o presidente ilegítimo golpista Jair Bolsonaro declarou que “todos deveriam se envolver na reforma para garantir seguridade a todos…”, mas existem algumas classe de intocáveis, cujos benefícios permanecem na redoma de cristal: os militares e os juízes. Não por acaso, os pilares do Golpe de Estado que o pais está sofrendo.
É preciso e necessário que todos os setores progressistas se oponham de forma combativa e organizada contra todo o governo golpista, que apenas serve aos interesses do imperialismo abrindo mão de nossas riquezas e soberania nacional para nos transformar em escravos do imperialismo. Só uma mobilização revolucionária contra a opressão imperialista, pela Liberdade de Lula e pela derrubada de Bolsonaro e de todos os golpistas poderá derrubar o regime golpista.