Na tarde do dia 29 de fevereiro, sábado, quando estava de saída de um hotel no Rio de Janeiro em direção ao aeroporto, junto com sua filha de 14 anos, a presidenta do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi insultada e agredida por um grupo de provocadores bolsonaristas que a cercaram e passaram a lhe dirigir ofensas e palavrões, além de ameaças físicas. A deputada petista, na ocasião, estava acompanhada do ex-senador Lindbergh Farias, também do PT, a quem os fascistóides de extrema direita também ofenderam com agressões verbais.
Não é a primeira vez que a parlamentar do Partido dos Trabalhadores é vitima de agressões por parte dos cães raivosos da extrema direita. No auge da campanha sórdida movida por todo o conjunto da venal e podre imprensa capitalista contra a esquerda, e em particular contra o PT, a deputada e diversos outros dirigentes do partido e também militantes dos movimentos de luta dos trabalhadores sofreram, por parte destes elementos abjetos e moralmente desclassificados da extrema direita fascista, o mesmo tipo de ataque.
Destemida, a deputada petista vem enfrentando todas estas investidas dos bolsonaristas covardes com valentia e bravura. Embora mereça reconhecimento e louvor a reação enérgica e corajosa da presidenta do PT, as agressões e insultos tanto à deputada Gleisi quanto ao conjunto da militância de esquerda no País e às organizações de luta dos trabalhadores – sob constante ameaça da extrema direita fascistóide – devem ser encarados e enfrentados sob um ponto de vista de classe, vale dizer, de defesa dos trabalhadores e das suas organizações e representações políticas, das massas populares (sindicatos, partidos, federações, confederações, movimentos, grêmios estudantis, culturais, etc).
À violência, aos insultos, às provocações e às agressões dos cães enlouquecidos da extrema direita, os trabalhadores e suas organizações devem responder de forma conjunta através da criação dos comitês de autodefesa, do campo e da cidade. Os fascistas só se sentem encorajados a praticar atos de intimidação e violência porque ainda não encontraram, por parte dos trabalhadores e suas organizações, uma reação enérgica e uma resposta contundente a estas agressões. E esta resposta só pode vir e ser eficaz se for o resultado da ação coletiva, se for obra do conjunto dos trabalhadores e suas organizações, em primeiro lugar dos seus comitês de autodefesa, que rechace a ofensiva direitista, violenta e reacionária dos bolsonaristas.
No apogeu das manifestações da extrema direita no País (2015-2017), vários companheiros da esquerda – em particular do PT – foram afrontados, perseguidos, insultados e agredidos pelos coxinhas direitistas, muitos vindo a sofrer lesões graves. À época, não houve nenhuma reação organizada por parte da esquerda e do PT para reagir e enfrentar a ação dos elementos fascistóides; ao contrário, os dirigentes do partido baixaram a cabeça, se curvando às ameaças e à ofensiva da direita. A mesma ação violenta vem ocorrendo no campo, onde os jagunços a soldo do latifúndio assassino bolsonarista vem dando continuidade aos assassinatos de trabalhadores e lideranças da luta camponesa.
É preciso ficar claro que a extrema direita cresce e se fortalece ali onde não há uma reação firme e determinada da esquerda, dos trabalhadores e suas organizações de luta. Neste sentido, a formação dos comitês de autodefesa se colocam como uma necessidade absolutamente imperiosa diante do crescimento e do avanço da direita fascista. Portanto, somente uma ação enérgica e uma resposta contundente das massas populares, suas organizações e os comitês de autodefesa podem se opor e derrotar os bandos fascistas que, sempre de forma covarde e traiçoeira, buscam aterrorizar os trabalhadores, seus representantes políticos e a esquerda de uma forma geral.