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Atacar uma fantasia é atacar uma miragem: o verdadeiro opressor do negro é a sociedade de classes

No último domingo (06/01), o jogador de futebol espanhol Andres Iniesta compartilhou uma foto em suas redes sociais para comemorar o Dia de Reis. Na fotografia, ele aparece ao lado de suas filhas, sua esposa e outras duas pessoas que representam os reis magos com o rosto pintado com tinta negra. Nos comentários da foto, que teve mais de 300 mil curtidas no Instagram e aproximadamente 1600 comentários, muitos seguidores o acusam de racismo por praticar o “blackface”, uma prática cujo objetivo não é apenas fazer a caricatura do indivíduo negro, mas ridicularizá-lo.

Porém, esse ataque à fantasia de Iniesta torna evidente uma discussão presente na esquerda nacional  que o racismo é o problema central e, desta forma, pode ser entendido como uma miragem, uma fantasia, um beco sem saída. Isso acontece pois, embora o racismo seja um problema palpável na sociedade brasileira, é entendido como um problema cultural.

No contexto de nossa sociedade, é importante entender que o racismo, em si, é um reflexo de uma situação., de uma relação concreta, política e econômica. Desse modo é possível entendê-lo não como o problema, mas o sintoma de um problema. Para entender o problema do racismo, é necessário partir da situação real, econômica, social e política do negro dentro da sociedade e questionar qual a realidade e qual o tipo de problema é enfrentado pelas pessoas negras na sociedade brasileira.

Sob esta perspectiva, o ponto de partida do problema é econômico. O negro não é tratado como uma pessoa inferior por nada. O problema parte do fato que o negro foi introduzido na maior parte das sociedades ocidentais como um ser de segunda categoria, como  uma coisa, como uma mercadoria. Dessa maneira, o racismo é a expressão ideológica desta condição.

Há , também, um caráter funcional do racismo. O fato de uma pessoa ser designada  como inferior, já evidencia uma política de exploração. Na sociedade de classes, ser tratado como inferior é ser explorado. Quanto mais a pessoa é considerada inferior, mas será brutalmente explorada. A ideologia da inferioridade do racismo é parte de um processo não só de da exploração econômica , mas de destituição do direito das pessoas. Para entender o racismo , é necessário compreender a situação do negro e como a população negra é oprimida pelo Estado que a trata como cidadão de segunda classe.

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