O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE) tem sido alvo de constantes atacas da direita. Localizado no bairro da Encruzilhada, em Recife, acabou tornando-se um centro de referência na realização do aborto legal no Brasil. Um dos motivos para isso é o fato de que sua direção não é ligada à Secretaria Estadual de Saúde (SES), o que torna a maternidade mais independente. Em entrevista exclusiva à Causa Operária TV, Olímpio Moraes, diretor do Cisam, explicou que essa independência faz com que o Cisam seja sempre lembrado como a opção menos burocrática para o abortamento.
Foi por causa disso que a menina de 10 anos estuprada pelo tio no Espírito Santo teve de ir até Recife para realizar o abortamento. Na ocasião, a extrema-direita, liderada por parlamentares evangélicos, foram até a maternidade e tentaram invadir o local. O evento contou até mesmo com o apoio da Igreja Católica. Por causa da tradição do Cisam em defender os direitos das mulheres, a extrema-direita diz que Recife estaria se tornando a “capital da morte”.
Ao mesmo tempo que a extrema-direita tem se mobilizado para inviabilizar o funcionamento do Cisam, o governo federal, por meio de portarias e uma série de sabotagens, está também tentando destruir o Cisam, bem como todos os hospitais no Brasil que realizem o aborto. Para tentar driblar a sabotagem do Estado, que tem a obrigação de fornecer todas as condições para que as mulheres de todo o País abortassem quando quisessem, a direção do Cisam decidiu lançar uma campanha para conseguir apoio da sociedade.
É preciso completar a campanha com uma ação nas ruas pela derrubada do governo Bolsonaro e pelo direito pleno ao aborto para as mulheres. Assista aqui ao vídeo de Olímpio Moraes pedindo apoio para o Cisam.