Da redação – O presidente legítimo da Venezuela, Nicolás Maduro, concedeu entrevista ao canal de TV russo RT, na qual denunciou o verdadeiro caráter da “ajuda humanitária” dos Estados Unidos e outros países imperialistas, que querem enviar dinheiro para aumentar o financiamento da direita golpista venezuelana.
“É um show político tudo o que chamam de ajuda humanitária. O imperialismo não ajuda ninguém no mundo. Me diga em qual lugar do mundo [os imperialistas] levaram ajuda humanitária. O que levam é bombas. Bombas no Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, para provocar mortes. É um show”, declarou Maduro.
Ele ainda afirmou que não vai aceitar “nenhum tipo de intervencionismo” por parte do imperialismo.
Maduro denunciou também o bloqueio econômico imposto contra seu país, como instrumento de pressão para a derrubada do governo, como é o caso do sequestro dos recursos financeiros venezuelanos pelos bancos internacionais e pelos governos estrangeiros.
Além disso, ele falou que o golpista de extrema-direita Juan Guaidó, que se autoproclamou ilegalmente presidente da Venezuela, “é um instrumento circunstancial” do imperialismo e que ele foi imposto pelos EUA, que também impôs essa política “aos seus governos satélites da América Latina” como é o caso dos governos que formam o Cartel de Lima, totalmente “subordinados ao imperialismo”.
De fato, como revelou a própria imprensa norte-americana, Guaidó se autodeclarou presidente por ordem do governo dos Estados, cujos funcionários ligaram diretamente para ele, dizendo que se ele se declarasse presidente, teria todo o apoio do imperialismo.
Ele denunciou, ademais, que a causa da guerra do imperialismo contra seu país são as riquezas naturais e a organização das massas trabalhadoras venezuelanas.
Quando perguntado pelo entrevistador como ele passaria para a história, caso não aceitasse novas eleições presidenciais, respondeu:
“Não me importa como vou passar para a história. O que posso dizer é que não vou passar como um traidor, como um homem que deu as costas a seus compromissos históricos, como um homem que deu as costas a seu povo.”
Assista a entrevista na íntegra: