A campanha realizada por Cuba pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva arrecadou mais de 2 milhões de assinaturas em 14 dias, ao longo de todo o território da ilha. Os formulários foram compilados e guardados em 24 caixas, entregues à delegação brasileira participante do Terceiro Congresso Anti-imperialista contra o Neoliberalismo.
As assinaturas foram entregues no encerramento do encontro, no último domingo (03), no Palácio das Convenções, em Havana. Quem recebeu das mãos dos dirigentes cubanos foram a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann.
Além das caixas, Gleisi recebeu também um quadro com uma foto de Lula e Fidel Castro, com o lema “Lula livre”, as inscrições “Pela liberdade de Luiz Inácio Lula da Silva, do povo de Cuba” e uma citação de Fidel: “Quem não é capaz de lutar pelos outros, não será nunca suficientemente capaz de lutar por si mesmo.”
Recebi hoje em Havana, junto com uma grande comitiva de movimentos sociais e populares do Brasil, as mais de duas milhões de assinaturas do povo cubano pela anulação da condenação de Lula#LulaLivre pic.twitter.com/U7gX5ryEkw
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) November 2, 2019
No total, foram colhidas precisamente 2.061.565 assinaturas pela anulação da condenação de Lula.
Ainda no encerramento do encontro, em seu discurso final, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, também exigiu a imediata liberdade de Lula, ao bradar “Lula livre” e “Lula livre, já!”, quando abordou a situação latino-americana de avanço da direita e do imperialismo contra os povos e movimentos de esquerda da região.
O Terceiro Congresso Anti-imperialista contra o Neoliberalismo teve duração de três dias e contou com mais de 1.200 delegados de 95 países, representando lideranças políticas, intelectuais e ativistas de esquerda de todo o mundo.
Cuba tem sido o país mais solidário a Lula e o que mais tem feito pela campanha por sua liberdade. Há meses existe uma campanha, por exemplo, nas escolas e universidades cubanas, com confecção e apresentação de cartazes, pinturas, coletas de assinaturas e debates a respeito da liberdade do ex-presidente.
Em todas as oportunidades que tem tido, o governo cubano tem denunciado a prisão política de Lula, incluindo o próprio presidente Díaz-Canel.
É importantíssima a campanha internacional pela liberdade de Lula. É preciso denunciar ao mundo todo e não somente isso: os movimentos populares devem organizar atos – como os que ocorreram recentemente na Europa – nas ruas de todo o planeta. É necessário um grande movimento internacionalista por essa luta democrática, porque Lula é o preso político mais importante do mundo e um dos muitos presos e perseguidos pelo imperialismo, que avança contra todos os povos oprimidos.