Durante o anúncio sobre a formação dos ministérios de seu futuro governo, Jair Bolsonaro confirmou a extinção do Ministério da Cultura, um dos maiores e mais tradicionais adversários dos regimes ditatoriais. A pasta deve ser submetida ao comando do futuro dirigente do Ministério da Educação, que provavelmente será um reacionário fascista igual ao presidente eleito [eleito de forma fraudulenta, é sempre bom lembrar].
Em março deste ano, ainda quando era pré-candidato, o deputado já declarava que “o Ministério da Cultura é apenas centro de negociações da Lei Rouanet”, ignorando a importância da autonomia da pasta, dos projetos que nela tramitam, e dos profissionais que nela atuam, inclusive no que se refere à atenção especial que deve ser conferida ao patrimônio histórico-cultural do Brasil e aos museus instalados ao redor do país.
A área da cultura vem sendo negligenciada há tempos, sobretudo a partir do golpe de 2016, quando o orçamento da pasta diminuiu drasticamente e acabou culminando no maior e mais criminoso incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, em 02 de setembro deste ano.