O final da década de noventa e o inicio do século XXI foram conhecidos na América Latina como um período de grande revolta popular contra a política neoliberal imposta pelo imperialismo por todo continente, algo que levara grande parte da população a um estado de miséria nunca antes visto.
Em decorrência da mobilização histórica que tomou o continente, governos nacionalistas passaram a aparecer por todos os lugares, uma mistura da derrota da direita e do imperialismo frente as massas e uma tentativa desesperada de conter o anseio popular que havia posto diversos países em um estágio pré-revolucionário, como na Venezuela, Bolívia, etc.
Vimos esse fenômeno se alongar por toda a primeira década do século, até que, com uma demonstração que o capitalismo não pode mais sequer sustentar míseras reformas sociais, a burguesia de toda América Latina, impulsionada pelo imperialismo iniciou uma campanha de golpes que devastou todo o continente.
Em decorrência disso, todos aqueles países que um dia tiveram um governo mais ligados as camadas populares passaram a sofrer duros ataques pelos golpistas, ataques esses que causam até hoje a destruição econômica destes países, o aprofundamento da miséria e uma entrega, total e irrestrita, das riquezas nacionais para o imperialismo, impondo uma ditadura e entregando seu povo a um estágio semi-colonial, com governos que correspondem apenas os ditames dos grandes capitalistas mundiais.
Porém, como era de se esperar, não tardou para a população latino-americana, já muito esmagada pelo massacre promovido pela ascensão da extrema-direita, promover uma verdadeira rebelião que tomasse conta de todo continente, liderado pelas camadas mais pobres com participação de destaque da juventude, alvo de inúmeros ataques.
Este processo ainda encontra-se em desenvolvimento, porém já é notável que esta não será apenas uma etapa rotineira na luta política destes países, e sim, uma mobilização diretamente ligada à luta contra o imperialismo e a opressão sofrida pelos países atrasados. Além disso, percebemos que nelas, mesmo tendo começadas recentemente, já estão presentes com forte intensidade reivindicações sérias pela derrubada dos respectivos governos.
No Equador as grandes massas saíram as ruas pelo Fora Moreno, um traidor do povo que promoveu um verdadeiro golpe nas eleições e entregou de bandeja todo o país à política de destruição geral promovida pelo imperialismo. Como também, vemos a juventude no Chile literalmente pondo fogo em tudo, exigindo a derrubada do direitista Sebastián Piñera que está colocando o país em uma ditadura aberta.
O imperialismo sabe muito bem que estes não são eventos isolados, e sim, denotam uma tendência continental, tendo o Brasil, principal país da América Latina, um forte indicado a ser um dos próximos a explodir de vez, como já comprovado pela revolta contra o golpe, a prisão de Lula e o fascista Bolsonaro.
Devido a este desenvolvimento, o imperialismo norte-americano já indicou um experiente embaixador, ligado ao golpe de estado chileno, para assumir o posto no Brasil, uma representação clara de que o país está a ponto de pegar fogo.
Porém, temos que ver que a única postura política correta frente a está situação é a já declarada pela população, ou seja, a derrubada destes governos. A realidade e o desejo popular, impõem como necessidade a chamada as ruas sob a direção de luta direta contra o golpe e o imperialismo. Se no Equador chamamos por fora Moreno, no Chile temos o fora Piñera, o Brasil, como já demonstrado pelos grandes atos, devemos levantar os trabalhadores pelo Fora Bolsonaro!
Para isso, a juventude exerce um importante papel, é ela o setor mais revoltado e mobilizado, sendo assim, as universidades são um fundamental ponto de partida para toda a mobilização, levando dessa forma todo o restante da população às ruas.
É de imediato dever convocarmos atos por todo país pelo Fora Bolsonaro e todo os golpistas, gerando uma verdadeira luta contra os fascistas e o imperialismo. O povo já avisou, não podemos esperar as eleições controladas pelas ditaduras, precisamos mobilizar agora, e a data está marcada: 27 de outubro, em Curitiba (PR), pela liberdade de Lula e fora Bolsonaro!