O próximo dia 08 de março, Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora, deve servir de impulso para uma ampla mobilização contra a direita. Esta data remete à primeira fase da Revolução Russa que aconteceu em março de 1917, de acordo com o calendário gregoriano.
Na época, em Petrogrado, aconteceram vários distúrbios por causa da escassez de alimentos. No dia 18 de fevereiro, a Usina Putilov, considerada a principal fábrica de Petrogrado, entrou em greve. Como resultado, algumas lojas fecharam e os grevistas foram despedidos o que causou grande inquietação em outras empresas. Diante deste contexto, no dia 23 de fevereiro (08 de março no calendário gregoriano) aconteceu uma série de passeatas e reuniões com uma grande participação das trabalhadoras têxteis que, sob os gritos de “Abaixo a Fome! Pão para os trabalhadores”, apedrejaram as janelas de outras fábricas para chamar os operários a participar da passeata.
Durante a agitação, saquearam uma grande padaria e viraram bondes sem esconder os rostos sob o casaco como era de costume. Nos dias seguintes, a manifestação aumentou, contudo, as tropas não atacaram os manifestantes e oficiais e policiais que ordenassem que seus soldados atirassem eram linchados. Nesta época, o abastecimento de alimentos e combustível parou e o czar e a sua família ignoravam os telegramas que traziam informações a respeito da situação.
A revolução de fevereiro foi o início do processo revolucionário. Começou com a manifestação de operárias gráficas no Dia Internacional da Mulher (era 8 março no calendário gregoriano) contra a precariedade e as condições de vida. Seguindo o exemplo das trabalhadoras têxteis em 1917, o 8 de março precisa ser combativo.
Nesta data , além de protestar contra as questões que oprimem ainda mais as mulheres como a PEC 181/2015 que criminaliza o aborto em toda e qualquer circunstância e a “reforma” da Previdência que quer fazer com as mulheres (e homens) trabalhem até morrer, é necessário impulsionar toda a luta pelo Fora Bolsonaro e pela Liberdade de Lula.