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Campanha salarial bancários

Assembleia virtual é um faz de conta

A campanha salarial 2020 dos bancários trouxe um novo elemento ao "teatro" da atuação da direções sindicais pelegas, as assembleias virtuais. Vieram para aumentar a falta de luta!

Nesse 2020 vimos os sindicatos, durante o processo de negociação do acordo coletivo da categoria bancária com os banqueiros fazerem uso em larga escala de assembleias virtuais por meio dos aplicativos. Comemorou-se, como se fosse um grande sucesso, a frequência de 500, 1000 ou até 2000 pessoas no app Zoom em uma das assembleias, não sendo ainda maior a adesão devido ao limite estar fixado nesses exatos 1000 participantes online ao mesmo tempo o que mostrou uma boa disposição dos bancários para a luta.

Porém, assembleia virtual nada mais é do que uma assembleia de faz de conta, que limita a participação e a manifestação livre de quem está presente. Não podemos aceitar como correto que o bancário continue trabalhando nas agências, se expondo por 6, 8, 10 horas enquanto os dirigentes sindicais estão em casa pautando toda a atuação sindical de forma virtual. Nada de concreto virá dessa politica de faz de conta. Ainda mais diante de um governo tão anti-trabalhador, anti-povo como o governo Bolsonaro.

Essa inoperância sindical atrelada aos interesses partidários e eleitoreiros já está trazendo consequências devastadoras para os bancários e para todos os trabalhadores, tanto no que diz respeito à perda de benefícios e direitos como também na perda de poder aquisitivo dos salários e do próprio emprego.

E ataques contra os bancários ainda mais duros virão, pois continuam na pauta as privatizações dos bancos públicos, o fim da jornada de 6 horas, a extinção dos planos de saúde vinculados à empresa. Basta passar o período eleitoral, em que figuras menores da direita, funcionários menores da burguesia disputando os restos da “carcaça” que a grande burguesia deixa do patrimônio nacional. Não irão esperar nem a pandemia retroceder ou aparecer a vacina para a população.

Foi usado como argumento fajuto, para as assembleias virtuais, a pandemia do coronavírus, a mesma que não impediu que diversas categorias, bancários, ecetistas, rodoviários etc, e em geral a grande maioria dos trabalhadores estivessem nas ruas e nos locais de trabalho todos os dias. Alijar os trabalhadores de um direito fundamental que é participar e fazer a luta real, debater, se reunir, é um verdadeiro crime. Formas de fazer as assembleias seguras, mantendo certo isolamento e medidas de higiene, ficou mais que claro que são possíveis, o que faltou foi interesse mesmo, visando preservar outros objetivos, que não o dos trabalhadores.

Não há outro caminho, apenas indo às ruas, estando lado a lado com a classe operária, é que se poderá efetivar um combate real ao (des)governo Bolsonaro, que não descansará enquanto não acabar com os direitos dos bancários conquistados na luta de décadas, assim como não será possível lutar contra a sanha de Guedes em se apropriar do patrimônio dos bancos públicos e demais empresas estatais

Com sua politica a “fique em casa” e suas reuniões e assembleias virtuais, as lideranças sindicais adotaram ainda mais uma postura capituladora diante dos banqueiros, vimos isso claramente no desfecho da campanha salarial desse ano, onde outras reivindicações importantes como o reajuste das perdas salariais diante da inflação, o aumento real, a estabilidade no emprego, regulação do teletrabalho e medidas de saúde na infecção pelo coronavírus dentre outras, embora constassem na pauta, foram solenemente ignoradas pelos banqueiros. A política clara dos sindicatos foi pelo aceite ao que foi oferecido.

É preciso que a categoria exija dos dirigentes sindicais uma postura real de luta. Que as reuniões presenciais sejam incrementadas em todos os lugares, cidades do interior também, e as decisões de pauta sejam consolidadas presencialmente nas sedes. Assim, é preciso combater essa política de capitulação e atuação virtual das atuais direções das organizações sindicais, exigir mobilização nas ruas, com uma política de união de classe e de luta que represente realmente os interesses da categoria e assim aproximar a base ao sindicato.

Agora o caminho é unir todos aqueles dispostos a levar adiante a luta pelo fora Bolsonaro, exigindo das lideranças sindicais uma politica de luta na ruas contra o regime golpista, contra esse desgoverno e que de fato seja uma mobilização que represente os interesses e a vontade do trabalhador.

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