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Servidores de São Paulo: ampliar a mobilização nas ruas e os comandos de base

A greve dos funcionalismo municipal paulistano caminha para a terceira semana, depois que a assembleia realizada na última quinta-feira, dia 13, com milhares de trabalhadores, deliberou pela continuidade do movimento ante a decisão do governo  Bruno Covas (PSDB) de se recusar a realizar qualquer negociação com os sindicatos da categoria, reunidos no Fórum das Entidades do Sistema de Negociação Permanente.

Foi marcada nova manifestação para hoje, às 15 horas, em frente à Prefeitura e assembleia para terça-feira, dia 19, e decidida a continuidade da greve unificada contra a “reforma” da Previdência, por reajuste geral para o funcionalismo de 10% e nenhum confisco aos salários.

A “reforma” da previdência municipal, o Sampaprev (Lei nº 17.020/2018), prepara as mudanças golpistas contra o cojunto dos trabalhadores que o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro está preparando para aprovar no Congresso Nacional.

Com o Sampaprev, o governo tucano cria o Regime de Previdência Complementar (abrindo caminho para a privatização) e aumenta a contribuição dos servidores de 11% para 14%.

A combativa greve do funcionalismo é a continuidade da luta que vem se desenvolvendo desde o começo de 2018, ainda sob o governo do então prefeito João Doria, que teve que recuar da aprovação da “reforma” diante da radicalização da luta dos servidores.

A greve só foi retomada agora, depois que – no final do ano passado – Cláudio Fonseca (vereador do PPS, da base tucana, e presidente do Sindicato) e a diretoria do Sinpeem impediram que a mesma se iniciasse em 5 de dezembro e impedisse o final do ano letivo, colocando uma crise de gigantescas proporções para o governo Covas e seus venais vereadores. Os sindicalistas e políticos da esquerda pequeno burguesa que têm assento na Câmara, como o PSOL, procuraram vender a idéia de que seria possível barrar a aprovação da “reforma” por meio da discussão e “pressão” no parlamento.

Após 10 dias de greve, o movimento cresce, em todas regiões militantes e servidores se organizam em comandos unificados de greve para paralisar escolas e outras unidades do serviço municipal, organizam atos e passeatas em diversos pontos da cidade contra Bruno Covas e seu projeto de destruição da previdência, e realizam grandes assembleias com milhares de presentes, destacando-se trabalhadores da Educação e da Saúde, os maiores contigentes do funcionalismo.

A combatividade da greve – com passeatas que enfrentaram a covarde repressão da PM tucana – no entanto, é obstaculizada pela política das direções sindicais, em especial do Sinpeem, maior sindicato do movimento. Nas assembleias do Sinpeem, tem se tornado rotina, em momentos decisivos para a luta, o impedimento de qualquer trabalhador da categoria falar na assembleia, apenas falam elementos da diretoria sindical (o “senadinho” do Sinpeem), desde Cláudio Fonseca, passando pelo PSOL, MAIS e até o PSTU, só não falam os professores e servidores. Dessa vez não pode haver espaço para que a burocracia sindical, assim como já fez em inúmeras outras lutas, derrote a greve.

Além disso, ficou evidente que a burocracia iniciou uma campanha para cavart um recuo diante do anuncio da parte do governo de que negociaria apenas se a mobilização for suspensa, conforme documento do governo publicado no site do Sinpeem:

A Prefeitura de São Paulo reitera seu posicionamento de ampliação do diálogo sobre as reivindicações pleiteadas pelo movimento grevista. Nesse sentido, propomos a suspensão das paralisações e assim criar condições para uma audiência com o prefeito, onde será apresentada pauta de reivindicações.”

Está claro que se trata de uma armadilha, que deve continuar sendo repudiada pelos trabalhadores.

Foram mobilizações por toda cidade que derrotaram Doria em 2018 e, é esta a única receita capaz de derrotar Covas e o Sampaprev.

É preciso intensificar os comandos de base e as mobilizações por toda a cidade, bem como os atos massivos e as assembleias no centro da cidade, seguidas de passeatas que paralisem a cidade, para levar o governo Covas a ceder diante das reivindicações dos servidores.

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