Os povos amazônicos estão sendo atacados em seus territórios pela extrema direita da América Latina, vivendo uma realidade onde veem a selva ser queimada, derrubada e saqueada pelo extrativismo nacional e internacional. Neste sentido, a primeira Assembléia Mundial da Amazônia, realizada formalmente no último final de semana, de forma virtual, com participantes dos nove países pan-amazônicos: Peru, Brasil, Venezuela, Bolívia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Colômbia, trás a denúncia ao mundo.
Mais de 1.000 indígenas morreram nos últimos quatro meses, vítimas da covid-19 e cerca de 20.000 foram infectadas, de acordo com os dados mais recentes do coordenador de organizações indígenas da bacia amazônica (COICA) e da rede eclesial Panamazonica (REPAM).
"Estamos unidos pela dor, unidos pela emergência, unidos pela esperança, rebelião (...) Estamos de luto por uma pandemia que levou nossos avós, nossas famílias. O mundo também está de luto, mas apesar disso ele não quer acordar ainda ", disse Gregorio Mirabal, coordenador geral da COICA, no discurso de abertura da Assembléia.
Porém, é preciso dizer que este tipo de fórum não irá parar o avanço da burguesia contra a natureza. As reivindicações de que os países parem a extração ilegal, são um grito no vazio, pois está política de queimadas, derrubadas, grilagem, hoje são políticas dos Estados comandados pela extrema direita à mando dos EUA. O genocídio em massas de indígenas é política imperialista dos yankes. O roubo de petróleo, minérios nas fronteiras, hoje são comandadas por empresas francesas e européias de diversos países.
A luta dos povos indígenas deve ser a luta dos explorados, da esquerda, pela auto defesa e pelo armamento. Não há saída institucional para este problema, visto que é uma guerra política imperialista mundial ocupar a Amazônia.