Na quarta-feira (11), os trabalhadores nas indústrias de carne, derivados e do frio no estado de São Paulo, tiveram mais uma rodada de negociações da campanha salarial de 2019/2020, porém, como era de se esperar dos gananciosos patrões dos frigoríficos, não houve nenhum acordo para a assinatura da convenção.
Na reunião anterior, ocorrida no dia 04 de dezembro, foi oferecido um percentual ínfimo de 2,55%, correspondendo a manipulada inflação do período entre novembro de 2018 a outubro deste ano.
Todos os trabalhadores sabem que a inflação imposta pelo governo golpista do fascista Jair Bolsonaro, não significa, nem de longe a realidade em que o país vem passando, quanto aos aumentos dos produtos, principalmente os processados em frigoríficos, algo que conhecem muito bem, assim como serviços, etc.. Os operários simplesmente desconsideraram a proposta dos patrões.
E decidiram pela organização da greve nas diversas regiões onde estão instalados os frigoríficos.
Decidiram, também, pela luta contra os desmandos dos golpistas no governo que, desde o início do ano vem retirando conquistas históricas da categoria, a situação é tal que, estão extinguindo todas as Normas Regulamentadoras (NRs), como por exemplo, as de saúde e segurança e ainda, deixando os patrões livres para fazer o que bem quiser quanto às fiscalizações.
Na reunião de ontem, os patrões, além de não oferecerem nada de novo, quanto a estas questões disseram que, o fascista do Bolsonaro com sua trupe de ministros, como o Paulo Guedes, da economia, mentor da retirada das NRs e a latifundiária Tereza Cristina, da agricultura, responsável pela retirada dos fiscais do governo dos frigoríficos, abatedouros, entre outros.
Os trabalhadores já deixaram claro aos patrões que não dá para permanecer com o percentual miserável oferecido, principalmente, porque eles foram dos setores industriais os que mais ganharam ao longo do ano e, de outubro até agora, descaradamente, elevaram os preços da carne para mais de 50%.
Disseram, ainda que, em resposta ao descaso para com a situação dos trabalhadores que, tem que esperar um ano inteiro para ter como reajuste este percentual irrisório, irão fazer greve.
Os trabalhadores reafirmaram sua pauta, qual seja:
Os trabalhadores exigem salário mínimo de R$ 4.500,00;
Reposição de todas as perdas salariais, o que corresponde a 35%;
Cesta básica de 45 kgs;
Convênio médico gratuito para o trabalhador e toda a sua família;
Redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais, sem redução nos salários
Na próxima sexta-feira (13) haverá nova assembleia.
Os patrões estão querendo testar os trabalhadores, eles não perdem por esperar.
Fora Bolsonaro!