Da redação – A última operação assassina das forças repressivas do Rio de Janeiro, deixou 15 mortos no Morro do Fallet, todos julgados sumariamente pelos novos juízes de Sérgio Moro, os carrascos armados da polícia. Como sempre, o resultado direto das mortes pelo Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais, multiplicam-se as denúncias de populares e familiares sobre as torturas cometidas na chacina.
Frente ao cenário de horror, a Defensoria Pública do Estado realizou uma investigação junto aos moradores, de onde surgiram diversas denúncias dignas de filmes nazistas ou da Ditadura Militar de 1964, organizada pelo imperialismo.
“Xingaram a gente de vagabunda e piranha. Disseram que mataram dez e que matariam mais vinte. Entraram na minha casa perguntando se eu era viciada. Não deixaram morador sair da comunidade para ir ao médico”, relatou uma das moradoras. Outros relatos foram feitos para a Defensoria, como: “os policiais esfaquearam todos os suspeitos depois de atirar nas pernas, para impedir que fugissem.”
Essas afirmações explicitam que a Polícia Militar matou, mais uma vez, suspeitos sem provas, pessoas quaisquer, em uma atividade completamente ilegal. Devemos ressaltar também que, mesmo se os indivíduos participassem do tráfico, é impensável em qualquer país capitalista do mundo, que as forças de repressão matem sem julgamento, passem por cima da lei, de maneira oficial. Porém, no atual momento de crise do capitalismo, a burguesia vem massacrando os pobres, e, no Brasil do governo golpista, fascista, onde a extrema-direita já disse que faria exatamente isso, um ato covarde de matar pessoas rendidas, vem se transformando em lei.
Os moradores denunciaram que os próprios PMs levaram os suspeitos ao hospital municipal Souza Aguiar, para evitar a perícia nos corpos mutilados.
Nas certidões que chegaram até a imprensa burguesa, algumas constatações das causas das mortes, foram: lesão polivisceral, ferimento transfixante do crânio, tronco e membros, ação perfuro contundente. Em termos claros, isso quer dizer: morte por tiro na cabeça, no tronco e nos membros. Essa afirmação é a única que a imprensa burguesa decidiu chegar, pois, o fato de um dos corpos estar com o intestino totalmente para fora por conta das torturas vistas nas diversas mutilação dos corpos, isso preferiram não dizer.
Isto é resultado da promessa do governador fascista Wilson Witzel (PSC), que desde a campanha eleitoral afirma que iria autorizar o abate de pessoas em posse de armas. No entanto, o que vemos aqui é a continuação e o aprofundamento da tradicional política fascista da corporação, à mando da direita tradicional, da burguesia: matar trabalhador com guarda-chuva, com furadeira, de costa no chão e desarmado, plantando a arma na cena e etc.