Nesta quarta-feira (7), a Lei Maria da Penha completou 13 anos e as estatísticas apenas mostram uma realidade que a mulher trabalhadora conhece muito bem, que é a da violência. Somente no primeiro semestre de 2019, a violência contra a mulher cresceu 44% em São Paulo e nesses primeiros 6 meses de governo Bolsonaro, marcado por falas e medidas violentas contra a classe trabalhadora, cerca de 82 mulheres já foram assassinadas, em 2018, esse número ficou em 57 mulheres mortas vítimas de violência.
Cerca de 73% desses casos ocorreram nas dependências de suas casas e muitos desses homens, coincidentemente, tinham perfil bolsonarista. Toda essa violência recrudescida pela extrema-direita em seus discursos contra mulheres, negros, LGBTs, etc., reflete em como os homens tratam as mulheres, afinal, um sistema econômico como o capitalismo, diariamente impulsiona homens a serem agressivos justamente por passarem por diversos tipos de opressão, exploração e alienação, incutindo em suas cabeças que a mulher é realmente inferior, como os conservadores reacionários afirmam.
O aumento de violência em geral já vem acontecendo e como, as mulheres são as que mais sofrem com isso, principalmente as mulheres pobres e negras, que estão nas bases de trabalho mais mal remunerados e com condições precárias, junto com uma perda exponencial de direitos com a Reforma Trabalhista e Reforma da Previdência.
É perceptível que a criação de mais leis e aumento do Estado repressor não tem resolvido a questão da violência contra a mulher, muito pelo contrário, é raro ver a justiça ao lado dos mais oprimidos. Todo esse conjunto de fatores somado a um governo violento com a população só piora a situação das mulheres, que nunca terão sua emancipação efetivada no sistema capitalista, que sobrevive dessas opressões. É preciso buscar mecanismos radicais, que resolvam essas questões urgentes na raiz do problema, que é o Estado burguês.