No dia de hoje, realizam-se em por todo o País, bem como em várias cidades do mundo, atos pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela passagem de um ano de sua prisão ilegal, como preso político. Condenado em um processo fraudulento, sem provas; preso sem condenação definitiva e cassado da via política, por conta da incapacidade da direita golpista de derrotá-lo em eleições democráticas.
Lula é o principal preso político do regime de arbítrio imposto com o golpe de Estado de 2016, que derrubou a presidenta Dilma Rousseff. Vítima de perseguição política que além de atingi-lo duramente, matou sua esposa, Dona Marisa, e atinge seus familiares e todas pessoas próximas a ele, bem como ao conjunto da esquerda.
Lula é um preso político do golpe de Estado que dado a mando dos grandes capitalistas estrangeiros (em primeiro lugar, norte-americanos) e “nacionais”, que – diante do avanço colossal da crise histórica do capitalismo – não tem outra saída que não seja intensificar a expropriação das massas, o que não pode ser imposto pela via democrática.
Sua prisão visa conter a mobilização dos trabalhadores e de suas organizações de luta, no momento em que a direita ataca brutalmente suas condições de vida promovendo um retrocesso sem igual na história do País. Esse é o motivo fundamental para que o movimento operário e todas as organizações de defesa dos interesses dos explorados se solidarizasse com o ex-presidente e lute pela sua liberdade.
Lula não é um preso político é qualquer: é um elemento fundamental da polarização política que se intensifica nesse momento, quando o governo Bolsonaro – continuação do governo golpista de Michel Temer – se encontra em uma crise muito profunda. Diante disso, os trabalhadores, cada vez mais revoltados contra o governo, tendem a se mobilizar cada vez mais em torno da sua principal liderança, o nordestino e ex-operário metalúrgico, que desde as greves operárias do ABC, contra ditadura, é a principal liderança popular do País.
A crise do governo Bolsonaro só poderá ser resolvida, do ponto de vista dos trabalhadores, por meio da libertação do ex-presidente Lula. Caso contrário, a burguesia irá encontrar algum outro meio para resolver suas contradições internas. Lula tem o apoio necessário para liderar uma ampla mobilização que imponha uma verdadeira derrota aos golpistas que controlam o regime político e ponha abaixo toda a ofensiva contra a população explorada.
Por tudo isso e muito mais, hoje é dia de mobilização, de sair às ruas para exigir a liberdade imediata de Lula e de todos os presos políticos e para impulsionar a vontade popular cada vez mais nítida que é colocar para fora Bolsonaro e todos os golpistas.