Já faz três semanas desde que o Chile entrou em um processo de convulsão social com manifestações gigantescas nas principais cidades do país. As agências de notícias dão conta de que mais de um milhão de pessoas já saíram às ruas desde o dia 17 de outubro, quando houve as primeiras revoltas por parte dos estudantes secundaristas.
O estopim foi o aumento de 30 pesos (mais ou menos 15 centavos de reais brasileiros) da passagem de metrô, no dia 17 de outubro. A partir daí, estudantes secundaristas saíram às ruas e começaram uma onda de protestos que acabou se espalhando para todos os setores da sociedade.
Apesar de a questão do transporte ter sido a fagulha que causou as primeiras revoltas, logo outras reivindicações tomaram as ruas, todas em protesto ao modelo neoliberal de economia que foi imposto ao povo chileno desde a ditadura militar de Pinochet.
A reação do governo direitista de Piñera foi uma brutal repressão: um toque de recolher foi instaurado em Santiago e nas principais cidades chilenas e teve também a volta das Forças Armadas às ruas para reprimir violentamente a população, o que não ocorria desde a época do governo militar chileno, conhecido como um dos mais sanguinários da América Latina. O número de mortos excedeu os 18 e os desaparecidos já são mais de 100.
A repressão não intimidou o povo e os protestos continuaram muito maiores e mais numerosos, mesmo com a revogação do aumento das passagens e outros recuos promovidos pelo governo capacho do imperialismo. O povo pede uma nova constituinte e “Fora Piñera”.
A correspondente da Causa Operária TV, Monica de Souza, residente da cidade de Concepción, fez diversos vídeos e imagens das manifestações do dia 31 de outubro, quinta-feira. Confira abaixo:
Além disso, acompanhe também a entrevista que Monica de Souza concedeu ao programa Reunião de Pauta, também no dia 31: