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"Auschwitzel"

As desculpas grotescas de Witzel

Responsável pela matança quer isentar a si mesmo e a PM pela execução de Ágatha e culpar traficantes e usuários de drogas.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, apelidado de “Auschwitzel” por setores da esquerda, é um daqueles governadores surpresa: ninguém sabe dizer de onde veio e como conseguiu se eleger ano passado, afinal até mesmo após as eleições ele continuava sendo um desconhecido para a maioria da população fluminense.

Após mostrar a que veio em seus primeiros 9 meses de governo, que é aplicar uma política de repressão duríssima contra o povo do Rio de Janeiro, “Auschwitzel” cometeu inúmeras atrocidades: colocou franco-atiradores para atirar na população desarmada do alto de torres, subiu em um helicóptero para ele mesmo alvejar moradores de Angra dos Reis e finalmente comemorou com toda empolgação a execução a sangue frio do jovem que sequestrou um ônibus na Ponte Rio-Niterói. Com este currículo que, se retorcido, encheria baldes e mais baldes de sangue, devemos caracterizar o atual governador “Auschwitzel” como um sujeito que tem estimulado ativamente a PM a atacar a população nas favelas e comunidades do Rio, sobretudo os negros, em escala ainda maior do que os órgãos de repressão sempre praticaram.

Entretanto, a política genocida de Witzel acabou acendendo uma luz amarela para a burguesia. O assassinato da jovem Ágatha, de apenas 8 anos, por parte da polícia militar, em operação no Complexo do Alemão fez com que a tensão política escalasse rapidamente. A morte da menina teve como consequência a realização de marchas tanto no sábado quanto no domingo, no próprio Complexo do Alemão, dias 21 e 22 de setembro, e um ato foi organizado às pressas para a segunda, dia 23, na ALERJ, às 17 horas. Este ato reuniu cerca de 500 pessoas, e embora o PCO não tenha tido direito à palavra foram muitas as declarações que chamavam abertamente pelo “Fora Witzel” e pelo “Fora Bolsonaro”, entre os companheiros que fizeram uso do microfone.

Alguns setores da burguesia demonstraram preocupação com o caso do Rio, que hoje está literalmente assentado em um barril de pólvora. Após um longo período de silêncio, finalmente “Auschwitzel” se pronunciou. Ao invés de recuar, Witzel reafirmou a sua política direitista. Em entrevista para a CBN, o governador jogou a responsabilidade do assassinato de Ágatha nas mãos da PM sobre os “traficantes de drogas”.

Witzel chegou a comparar a situação da PM com acidente de carros, afirmando que “não é porque tem um acidente de carro que vamos tirar todos da rua”.  Quer dizer, na realidade não foi um assassinato por parte da PM, mas um infeliz acidente. O governador do RJ aproveitou a oportunidade e jogou a responsabilidade da execução de Ágatha, que é dele mesmo e da PM, à ‘inescrupulosa ação do crime organizado’ e aos usuários de drogas.

É, como afirmamos no título desta matéria, uma desculpa grotesca. De acordo com os relatos, na hora em que Ágatha foi atingida não havia nenhum conflito entre traficantes e policiais. Foi a própria PM quem matou Ágatha, e conforme discutimos anteriormente, o assassinato da menina é em certo sentido apenas mais uma entre as centenas de pessoas mortas pela PM de “Auschwitzel”, onde o número de mortes pela polícia atingiu índices jamais vistos na história do Rio de Janeiro. Como afirmaram os manifestantes no ato da ALERJ, são as mãos de Witzel e da PM que estão sujas com sangue.

No entanto, em meio à gigantesca crise que atravessa o País e também o Rio de Janeiro, a execução da jovem Ágatha gerou uma crise que impõe uma necessidade para a toda a esquerda, que é a luta pela derrubada destes governos de extrema-direita através do povo organizado nas ruas. Por isto, devemos aproveitar a oportunidade e levar adiante as palavras de ordem pela dissolução da PM, pela criação de comitês de autodefesa e em torno do “Fora Bolsonaro”, “Fora Witzel”, liberdade para Lula e por novas eleições.

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