No começo desta semana, o presidente golpista e ilegítimo, Jair Bolsonaro, determinou que as forças armadas “celebrem” os 55 anos do golpe militar. Logo em seguida, a alta cúpula das forças militares passaram a organizar as comemorações do golpe em diferentes regiões do país. Uma série de declarações foram dadas à imprensa por integrantes do próprio governo golpista de Bolsonaro e das Forças Armadas no sentido de afirmar que não houve uma ditadura no país. Foi o caso, por exemplo, do chanceler golpista Ernesto Araújo , que afirmou que não houve ditadura e que o golpe foi dado para combater uma possível ameaça de ditadura comunista no Brasil.
No mesmo sentido foi a declaração do general Edson Leal Pujol, comandante do Exército. Pujol afirmou também que não houve golpe, e que as Forças Armadas “não se arrependem de 1964”. O brigadeiro, chefe do clube militar, Marco Antônio Caballo Perez, declarou ser “mimimi” os protestos dos setores da esquerda contra a determinação de Bolsonaro de se comemorar o golpe.
É preciso destacar que as celebrações do golpe militar são uma verdadeira ameaça a todo povo brasileiro. Diante da profunda crise do governo golpista, sem qualquer apoio popular, Bolsonaro vêm a público ameaçar o país com uma nova ditadura. É preciso lembrar também que a imposição de um regime ditatorial no país já havia sido defendida antes pelos principais chefes militares, como o general Hamilton Mourão, que defendeu o golpe diante de uma possível situação de caos político. Outro que também havia defendido a ditadura foi o general, tido como democrático, Villas-Boas. Este orientou o Exército a estudar a tentativa de tomada do poder pelo Partido Comunista em 1935 como uma forma de preparação das forças armadas para um possível golpe.
As falas dos militares e dos integrantes dos governos golpista são verdadeiras propagandas políticas de um regime de terror que provocou uma verdadeira chacina do povo brasileiro. Diante da crise do governo, preparam um novo golpe como uma saída de força contra toda a população.
É preciso que o ativismo de esquerda, das organizações de luta dos explorados, se mobilizem contra essa ameaça de maneira enérgica.
Neste dia 31 de março serão realizados sendo organizados atos em todo o país contra as comemorações do golpe militar e contra o próprio governo golpista de Bolsonaro. É preciso sair as ruas contra a ameaça de uma nova ditadura e levantar as palavras de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas!